Imagem da atividade atacada pelo MEPR e do lado detalhe de ferimento de um dos atingidos

Cerca de 30 militantes do MEPR (Movimento Estudantil Popular Revolucionários) encapuzados e armados com porrete, choque elétrico e soco inglês, atacaram violentamente militantes e simpatizantes do PSTU logo após a atividade do partido em comemoração aos 100 anos da revolução Russa.

Na saída da atividade, enquanto algumas pessoas ainda se encontravam no hall do queijo, um grupo de pessoas visivelmente organizadas desceram as escadas da universidade, colocando os capuzes neste momento. Após isso, numa ação covarde, partiram para as agressões aos militantes que estavam no espaço deixando alguns feridos. Dentre os absurdos está o fato de terem ameaçado uma companheira com criança de colo, chegando a derrubar o carrinho do bebê.

É emblemático que há poucas semanas atrás, na mesma UERJ, outro evento sobre a revolução russa tenha sido invadido por militantes da direita ligados ao MBL. Ou seja, o MEPR e as organizações de direita estão juntos na tentativa de impedir os debates políticos. O MEPR repete o método fascista e da direita de pela violência física tentar cercear o direito das organizações de esquerda de expor suas ideias e opiniões. Lembremos que a ditadura militar foi quem tentou impedir a liberdade de expressão e de organização em nosso país. E reivindicamos a tradição do movimento operário de como se enfrentar as ações tipicamente fascistas.

A prática de utilizar de violência para resolver diferenças políticas é um velho método stalinista. O MEPR faz desse tipo de prática seu programa político. Recentemente se envolveram em conflitos violentos durante a ocupação do bandejão, expulsando outras organizações com que tinham diferenças. Nas assembleias usam de ameaças contra os demais setores. Exemplos não faltam sobre este tipo de postura em diferentes situações já que este é o histórico desta organização.

Não foi à toa que milhares de militantes honestos e revolucionários ao longo da história tombaram na luta contra esta degeneração stalinista que instituiu como método a perseguição, ameaça, agressões e até assassinatos no seio do movimento operário. Por isso, não iremos tolerar estas práticas. É preciso o mais veemente repúdio de todos a este ataque perpetrado pelo MEPR, a este método e práticas. Todas as entidades estudantis, associações docentes, sindicatos e organizações do movimento social devem se pronunciar contra esta prática de tipo fascista.

Aqueles que utilizam a violência para resolver as diferenças políticos prestam um desserviço para a luta da emancipação da classe trabalhadora. Isto na verdade destrói o movimento dos trabalhadores. Por isso, é preciso defendermos a democracia operária com a mais ampla liberdade para as organizações políticas de esquerda discutirem e as massas decidirem democraticamente os rumos do movimento, não permitindo nenhuma forma de ameaça, agressão ou intimidação.

Para não deixar esta prática se proliferar convocamos também todo movimento da UERJ e de fora dela, a discutir a necessária autodefesa do movimento contra estas práticas fascistas, para impedir que esse tipo de ação aconteça.