O dia 1º de abril foi escolhido para denunciar mentiras propagadas pelos governos e patrões
Sindicado dos Comerciários de Santa Cruz do Sul

O sugestivo 1º de abril – dia conhecido como o da mentira – foi escolhido pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) para a realização de atos públicos em todo o país contra as mentiras do governo e dos patrões. Entre elas, a de que o Brasil pagou a dívida externa e hoje é credor internacional, que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai beneficiar todos os brasileiros, que a transposição do rio São Francisco vai levar água à população pobre ribeirinha e, por fim, que a flexibilização de direitos vai ajudar a criar mais empregos.

Em Santa Cruz do Sul, as três entidades filiadas à central – Sindicato dos Comerciários, Sindicato dos Vigilantes e União dos Estudantes Santa-cruzenses – encabeçaram a mobilização, que aconteceu a partir das 14 horas, na Praça Getúlio Vargas. Durante a ocasião, foram distribuídos panfletos explicativos sobre as inverdades propagadas pelos governos e os patrões. A oportunidade, conforme avaliou Afonso Schwengber, representante da categoria comerciária e um dos coordenadores da atividade, foi bastante positiva. “Cumprimos com o nosso papel de promover o debate com a comunidade santa-cruzense sobre o que está acontecendo Brasil afora. Denunciamos, por exemplo, que só em 2007, o país pagou R$ 237 bilhões em juros da dívida externa e interna”, disse.

Paulo Borges, representante da diretoria do Sindicato dos Vigilantes, e Marcos Ferreira de Azeredo, presidente da Uesc, aproveitaram a ocasião para comentar sobre o que vem sendo disseminado a respeito da categoria vigilante e sobre os estudantes. “Estamos sendo muito prejudicados com a instalação das empresas irregulares no nosso município”, comentou Borges.

“A educação pública na sua totalidade passa por um processo de desmonte. O Estado implantou a enturmação e as universidades federais estão tendo suas vagas transferidas para as particulares”, explicou Azeredo. Schwengber arrematou: “a implantação do Livre Horário em Santa Cruz é outra grande calúnia. Onde estão os empregos que essa lei traria? Nossa categoria reduziu quase à metade”.

A intenção, segundo os responsáveis pelo ato, é seguir realizando essas ações durante o ano.