A polarização social e política expressa nestas eleições pôs como questão atual a decisão de avançar para uma solução operária, camponesa e popular para a crise, ou seja, para o poder dos trabalhadores; ou retroceder diante da contra-ofensiva burguesa que, apesar da debilidade de seu governo, se prepara com todo o arsenal, inclusive com a possibilidade de golpe. Por isso, a tarefa central que tem de ser defendida no movimento operário e popular na etapa atual é organizar a luta por seu poder de classe.
O Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST), que chamou os trabalhadores a votar no MAS, acredita que a tarefa fundamental de Evo Morales e seu partido não é chegar ao governo com o apoio de partidos burgueses ou constituir-se como simples oposição parlamentar, para “acumular forças“ até as eleições de 2007, política que se percebe nas declarações de seus dirigentes, mas impulsionar a continuidade da mobilização das massas rumo à luta pelo poder dos trabalhadores.
Pensamos que, para levar adiante este combate, está na ordem do dia o chamado, por parte do MAS e também do MIP, a um Congresso das Organizações Camponesas, Operárias e Populares, para discutir a luta pelas necessidades assinaladas e um Plano de Ação que tenha como centro medidas de organização e mobili-zação, como a greve geral e a autodefesa das massas.
Neste momento, está colocado levantar a palavra de ordem de governo de Evo Morales e do MAS com as organizações operárias, camponesas e populares, sem burgueses e que aplique um programa de ruptura com o FMI, pelo não pagamento da dívida externa, rechaço à Alca, renacionalização das empresas com controle dos trabalhadores e recuperação do gás das mãos das transnacionais, entre outras.
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