Brasilia DF 02 09 2019 O presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa na saída Palácio da Alvorada foto Antonio Cruz /Agencia Brasil
Redação

No dia em que o Brasil bateu mais um recorde no registro diário de mortes pelo novo coronavírus, ultrapassando a Itália e avançando para o topo no total de óbitos no mundo, Jair Bolsonaro ameaçou os manifestantes que se mobilizam contra seu governo. Bolsonaro chamou de “marginais”, “terroristas” e “viciados”, instando a Polícia Militar a reprimir os protestos, defendendo inclusive o uso da Força Nacional contra os que reagem aos atos pró-ditadura e  genocídio do presidente e sua trupe.

“Bandido” e “marginal” é o governo Bolsonaro cuja política genocida é a responsável por conduzir a população ao matadouro. Um governo que já se tornou pária no mundo pelo absoluto desprezo com que trata a vida de milhões de trabalhadores e, sobretudo, do povo pobre desse país. “É o destino”, chegou a dizer a uma apoiadora que lhe pediu uma palavra de conforto às famílias enlutadas.

Orientação da qual se tornam cúmplices os governos estaduais, que promovem uma abertura generalizada da economia justo num momento de explosão descontrolada e ascendente da pandemia.

Em meio à pandemia e à mais grave crise social que enfrentamos, Bolsonaro tenta esconder os números de mortos, determinando o atraso do anúncio dos dados diários pelo Ministério da Saúde a fim de que não apareçam nos jornais da televisão. Aproveita-se das milhares de mortes par impor ainda mais retirada de direitos e flexibilização das leis trabalhistas.

Um governo corrupto e formado por milicianos, que não hesita em avançar sobre a direção da Polícia Federal e demais instituições para proteger sua família das investigações e denúncias sobre ações criminosas nas quais está envolvida, como a rede criminosa de fake news operada de dentro do governo e financiada por recursos públicos e grandes empresários. Um governo que prega abertamente um auto-golpe militar.

Fora Bolsonaro e Mourão! Em defesa da vida, dos empregos e da renda

As manifestações contra o governo Bolsonaro, sua política genocida e sua ofensiva às liberdades democráticas são progressivas e um direito. É inaceitável que esse governo queira criminalizar o movimento, atacar o direito de manifestação, reprimir com polícia e Forças Armadas, e ainda jogar suas milícias covardes e provocadoras sobre manifestantes que defendem as liberdades democráticas e dizem “Ditadura Nunca Mais”!

O PSTU apoia plenamente os anseios que levam os trabalhadores e jovens a se manifestarem: contra política genocida do governo, contra o racismo, pela defesa das liberdades democráticas contra a escalada autoritária desse governo, que torna tóxica a atmosfera do país. Repudiamos veementemente os ataques e ameaças que o governo Bolsonaro e seus apoiadores tem feito às manifestações. Queremos dizer ao presidente Bolsonaro que “marginais” e “viciados” pode ser que haja dentro do seu governo. Nas manifestações estão trabalhadores e jovens que não aguentam mais os desmandos de um governo genocida, lamentável e abaixo de qualquer crítica, que envergonha o país.

O PSTU discorda também dos partidos que criticam os atos alegando que seriam provocações ao bolsonarismo. Ora, provocações são as manifestações recorrentes apoiadas pelo presidente da República que defendem a implantação de uma ditadura no país. Renunciar à luta para não provocar o inimigo é uma forma mal disfarçada de se dar por derrotado sem lutar.

O PSTU apoia os manifestantes e estará presente nos atos. Defendemos que as manifestações assumam as demandas da classe trabalhadora e do povo pobre, especialmente a defesa de uma quarentena total, com garantia de emprego, salário, renda social e apoio ao pequeno negócio para salvar vidas; a luta contra o racismo e a defesa das liberdades democráticas. E conclama todos e todas a usarem máscara e assegurar distanciamento social que se proteja a saúde.

Quarentena Geral, já! Com estabilidade no emprego, garantia de renda e direitos para salvar vidas.

Pelo fim do racismo. Justiça para João Pedro, George Floyd e o menino Miguel!

Em defesa das liberdades democráticas. Ditadura Nunca Mais!

Fora Bolsonaro e Mourão!