Os EUA mantém um muro de 3.140 km protegendo a fronteira com o México. É um muro de vergonha e também de morte, pois centenas de latino-americanos foram mortos ao tentar ultrapassá-lo.
A marcha mundial até o muro foi aprovada em 1999, em Belém, no II Encontro pela Humanidade e contra o Neoliberalismo. O Opinião Socialista publica o manifesto da Marcha, que também pode ser assinado em www.marchaaomuro.org.br.

“A Marcha Mundial ao Muro do Império Americano, que sairá do Brasil e do Canadá em direção a fronteira que separa os EUA do México, é uma marcha pela paz, pela justiça social, pela soberania das nações e a igualdade entre os povos.
A Marcha é também uma resposta à agressividade política e militar do Império, na medida em que se agrava a crise da economia norte-americana. Ela assumirá a luta contra a ALCA que sintetiza um plano de recolonização da América Latina; defenderá a Amazônia que simboliza a soberania de sete nações da América do Sul; o direito do Estado Palestino para o seu povo; denunciará o Plano Colômbia e a intervenção militar dos EUA; a guerra e invasão no Iraque para controlar suas fontes de petróleo; o criminoso bloqueio a Cuba; a subordinação dos Estados Nacionais a organismos como o FMI, que con-trolam a economia mundial; repudia as bases militares norte-americanas instaladas em todo o mundo para garantir a Washington o controle político e militar no planeta; e, finalmente, repudia os muros erguidos pelo Império para deter correntes migratórias geradas pela sua política de fome e de guerra nos países periféricos.
A Marcha responderá também aos anseios de soberania e liberdade contrapondo-se às políticas segregacionistas e de opressão, que aumentam e perpetuam os preconceitos hierarquizando gênero, raça/etnia.
Convocamos todos aqueles e aquelas que estiverem de acordo com pelo menos uma dessas bandeiras a participar da 1ª Jornada Mundial da Marcha que terá início em janeiro no Fórum, através de várias atividades de divulgação, debates e de uma Marcha pelas ruas de Porto Alegre no encerramento dia 28 de janeiro.
Dali partirão as delegações nacionais e internacionais que vieram ao FSM participar de uma grande Jornada que percorrerá várias partes do Brasil, em uma primeira etapa divulgando as mensagens da Marcha, para numa segunda e terceira etapas a serem realizadas ainda este ano para chegar à cidade de Belém do Pará e de lá partirem em direção a Caracas, promovendo assim uma grande mobilização em solidariedade à causa do povo venezuelano.”
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