A terceira edição do Fórum Social Mundial foi aberta com uma grande manifestação de rua, que saiu às 19h do Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. Eram cerca de 100 mil pessoas de vários países, etnias, organizações políticas, culturais e sindicais, ambientalistas, movimentos de mulheres, negros, gays e lésbicas, que cantavam palavras-de-ordem, batucavam e desfilavam com suas cores na marcha pelas ruas do centro da capital gaúcha. Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), seria necessário uma caminhada a passo rápido de 40 minutos para ir de um extremo a outro da passeata.
A coluna que causou o maior impacto na manifestação foi a dos militantes do PSTU e da LIT, não só pelo seu número, pois era a maior coluna organizada da marcha, mas acima de tudo por sua disposição de luta e animação. Com garra e alegria, os cerca de 1.500 companheiros da LIT contagiaram o conjunto da marcha.
Vale destacar algumas das palavras-de-ordem puxadas pela coluna. Em primeiro lugar, contra a guerra imperialista, Chega de bomba, Chega de ataque, Fora o imperialismo do Iraque!. Outra palavra anti-imperialista que se destacou foi a que defendia a causa palestina, Morra, morra, ianque assassino e viva a luta do povo palestino. Também foi repetida com entusiasmo a rima que denunciava a direção reformista do Fórum Social Mundial, Capitalismo humanitário é coisa do fundo monetários.
Mas as duas palavras-de-ordem que mais se destacaram foram as que citavam a luta contra a Alca e exigiam do governo Lula a realização de um plebiscito oficial sobre o acordo ainda em 2003: Olê, olê, olê, olá, contra a Alca e a capital, a nossa luta é internacional e Ó Lula eu quero ver, plebiscito contra a Alca acontecer.
A marcha teve o seu encerramento por volta das 21h, no anfiteatro Pôr-do-sol, onde aconteceu o show de abertura do Fórum, com Quartchêto, Paulinho da Viola e Sivuca.
