Polícia promove caçada nos morros do RioApós o tiroteio no morro dos Macacos, a violência somente piorou. Após a chacina, o que sobrou foi a declaração de mais uma mãe que perde seus filhos para a violência sem ter as circunstâncias do crime esclarecida. “A dor de uma mãe ao perder um filho é absurda, mas a de ver seu outro filho ainda pior, tem que ter força de um leão para encarar”, desabafa a moradora Maria Luiza.

No dia 19, mais três inocentes foram baleados, sendo uma criança de 12 anos com um tiro na cabeça e uma menina com um tiro na barriga, numa dita operação de rotina da polícia. Na quarta, uma dura rotina com a invasão de 150 policiais. Nenhuma confirmação de mortos ou feridos apesar de marcas de sangue nas vielas.

Vila Cruzeiro
Durante toda a semana do dia 21 a 23, o bairro da Penha novamente virou numa zona de guerra, com dezenas de baleados. Todos os acessos foram tomados por intensa troca de tiros.

A principal via de acesso, a Nossa Senhora da Penha, de intensa movimentação, foi tomada por uma correria, com moradores deitando-se no chão e escondendo-se atrás de muros, carros e até em um hospital.

No dia 21, um estudante de 18 anos levou um tiro no abdômen e outro rapaz, de 30, na cabeça. Já no dia 23, um apartamento foi atingido por uma bala perdida e pegou fogo. Três homens foram atingidos. Um deles, Severino Marcelino, 51, morreu com um tiro no rosto.

As operações não conseguiram achar o traficante que teria ordenado a invasão ao Morro dos Macacos e seguem aumentando cada vez mais o número de trabalhadores mortos e feridos nesta guerra que, como disse o próprio comandante da PM, não tem data para acabar.
Post author Rafael Nunes, do Rio de Janeiro (RJ)
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