Governistas agem para impedir vitória da OposiçãoAlém de travar uma dura batalha contra a influência das direções burocráticas na categoria, as oposições de luta ainda têm que superar as manobras dessas direções para se manter encasteladas nos sindicatos. Em Belo Horizonte, ao se deparar com o rápido crescimento da chapa de oposição, a direção do sindicato resolveu impor uma manobra e impedir a apuração dos votos do primeiro turno das eleições, que ocorreu de 10 a 3 de junho.

Para isso, inflaram a listagem de aposentados. Para se ter uma idéia, nas eleições passadas, o quórum exigia pouco mais de 700 votos dos aposentados para validar o processo. Agora, foram incluídos na lista 3.562 bancários aposentados, inclusive colegas já falecidos. Logicamente o quórum mínimo de votos dos aposentados não foi atingido.

Apesar dos empecilhos colocados pela direção do sindicato, quase 90% dos bancários da ativa votaram. A chapa 4 defendeu então a apuração dos votos, mas todas as demais chapas, temerosas da derrota, impediram que as urnas fossem abertas e apuradas.

Conlutas contra governistas
A Chapa 4, identificada com a Conlutas e constituída por integrantes do Movimento Nacional de Oposição Bancária, enfrenta outras três chapas. A Chapa 1, da CUT e as chapas 2 e 3, ligadas à Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito) e à Federação dos Bancários de Minas Gerais.
O apoio à Chapa 4 cresceu no primeiro turno das eleições, a partir da denúncia das manobras travadas pela chapa da situação para evitar que o quórum estatutário fosse atingido.

Segundo turno
Já que o quórum não foi atingido, haverá segundo turno das eleições entre os dias 6 e 10 de junho. É praticamente uma nova votação, porém ela ocorre sem que a categoria tenha conhecimento do resultado do primeiro. Apesar das manobras, a campanha da oposição segue forte, com expressivo apoio da base.

Post author Cacau, de Belo Horizonte (MG) e Diego Cruz, da redação
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