Os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que neste momento ocupam a reitoria, trazem à sociedade gaúcha, através desta ação, uma reflexão sobre os rumos do Ensino Superior público em nosso país. Há 34 dias, nossos colegas da USP ocupam a reitoria da sua Universidade, promovendo uma mobilização que se tornou um exemplo e um orgulho para todos os estudantes brasileiros. O Movimento Estudantil cumpriu um papel determinante nos momentos mais importantes da história recente do Brasil, como na resistência à ditadura militar, nas Diretas Já e no Fora Collor.

Agora, o Movimento Estudantil volta à tona para pautar com força máxima, contra as ameaças que sofre a Universidade Pública, um projeto de Universidade Popular, onde a produção de conhecimento, hoje em sua maioria a serviço do mercado e das grandes transnacionais, atenda às necessidades dos seus verdadeiros donos, o povo brasileiro. Aqui na UFRGS insistimos em levar adiante nossas pautas. Da Reitoria da Universidade exigimos um comprometimento oficial, formal e efetivo com nossas bandeiras, que são:

  • Posicionamento contrário à Reforma Universitária;
  • Redução em 50% da taxa de vestibular e ampliação do número de isenções totais;
  • Implementação das ações afirmativas no próximo vestibular;
  • Garantia definitiva dos espaços estudantis da Toca, do CECS, do CEABI e do DACOM;
  • Prazo da abertura de licitação para a construção do Restaurante Universitário na ESEF;
  • Transferência do Instituto de Artes para um novo prédio;
  • Disponibilização da documentação referente aos expurgos e perseguições na UFRGS durante a ditadura militar.

    Os estudantes da UFRGS não se calarão frente às tentativas de privatização velada da Universidade, através da implementação da Reforma Universitária e outras investidas. Em um país no qual uma grande parte do orçamento se destina aos banqueiros e à corrupção, onde a educação é cada vez mais tratada como mercadoria, somos aqueles que insistimos em defender instransigentemente a Educação Superior Pública como um direito. Mas isso não basta. Não descansaremos enquanto as portas da Universidade estiverem fechadas aos milhões de jovens que permanecem fora dela.

    Essa luta é de todos!

    Quanto mais ataques sofrer a educação, mais forte será o levante dos estudantes em todo o Brasil.

    Venceremos!

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