Manifestantes lavam calçada contra corrupção

Na tarde do dia 22 de julho, a população de Divinópolis (MG) assistiu a um dos maiores atos já realizados na cidade. O protesto contra a corrupção teve início às 14h, e foi convocado pela Conlutas, por servidores públicos e por diversos sindicatos, como o SINTSPREV, SIND–FOGOS (Santo Antônio do Monte), SINDMETAL (Itaúna e Divinópolis), SINDEESS (Divinópolis e BH), ATEMD e pela Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos – MG.

O ato público começou com uma concentração na Rua São Paulo, em frente à Câmara Municipal. Para demonstrar a indignação com o mar de lama em que estão metidos o Congresso e o governo Lula, os manifetantes lavaram a calçada na frente ao prédio. Durante as falas houve uma ligação entre o mensalão e o envolvimento dos políticos da administração municipal anterior (Fausto Barros e Galileu, do PMDB) e da atual (Demétrius, do PL).

Logo após o ato, uma passeata saiu pelas principais ruas da Cidade, exigindo a anulação da reforma da Previdência, a prisão e confisco dos bens dos corruptos e corruptores. A população se manifestou a favor do movimento, com aplausos, buzinaços. Muitos pediam a carta aberta que era distribuída no protesto e que convocava a marcha a Brasília, no dia 17 de agosto.

Na passeata, o governo Lula e sua política econômica foram alvos de um apitaço e uma grande vaia. Muitas foram as palavras de ordem que animaram a passeata, como “Ô Lula, que papelão. Pra deputado é mensalão, pro servidor, nenhum tostão“. Os manifestantes também entregavam cópias de `cheques` do Banco Rural, no valor de R$30 mil, assinados por Delúbio e PC Farias.

O ato foi encerrado na Prefeitura Municipal, com a lavagem das escadarias do prédio e teve repercussão na imprensa local, nos jornais Agora, Gazeta do Oeste e Magazine.

O PSTU esteve apoiando o protesto e marcou presença com sua militância e com seu cartaz nacional, que traz uma ilustração do presidente com uma cueca cheia de dólares e a frase `Lula sabia`.