Ativistas em Brasília contra a transposição do rio São Francisco
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No final da manhã de hoje, 15 de março, ativistas ocuparam o Ministério da Integração Nacional para pedir o fim do projeto do governo Lula de transposição das águas do rio São Francisco. Segundo a agência Brasil, órgão de imprensa do governo, 500 pessoas participaram do protesto. Eles levaram um caixão simbolizando o “enterro” do projeto. Um manifestante foi detido.

Desde segunda-feira, 12, os ativistas estão em Brasília, no acampamento “Pela Vida do Rio São Francisco e do Nordeste Contra a Transposição”, em Brasília, com cerca de 600 pessoas, de acordo com a organização da atividade. Os manifestantes reivindicam a revitalização do rio, já em extinção. Segundo estudos realizados, a transposição, além de “matar” o rio, vai retirar água de terras indígenas, aprofundando ainda mais o problema da seca constante na região.

Na terça-feira, dia 13, o Ministério lançou o edital de licitação para a primeira fase da obra, a mais cara da pasta. Com um gasto previsto em R$ 4,5 bilhões, o projeto só apresenta benefícios para o agronegócio exportador e poderá inviabilizar a permanência das populações que hoje habitam a região.

Durante a tarde, o movimento se dirigiu a uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, carregando faixas e cartazes contra o projeto. O ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, não compareceu.

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