Protesto da Jornada de Lutas em BH

O dia 18 de agosto foi um importante dia de luta em Minas Gerais. Como parte da Jornada Nacional de Lutas, a CSP-Conlutas teve a iniciativa de unificar as diversas categorias em campanha salarial e movimentos sociais em uma manifestação conjunta no centro de Belo Horizonte.

Metalúrgicos e trabalhadores da mineração
Os metalúrgicos e trabalhadores da mineração estão iniciando suas campanhas salariais. Por isso, a Federação Democrática dos Metalúrgicos organizou caravanas de todo o estado para entregar a pauta de reivindicação dos trabalhadores na FIEMG. Os metalúrgicos mineiros fazem uma campanha unificada com os sindicatos de São José dos Campos, Campinas e Limeira, como forma de aumentar a pressão sobre os patrões. Eles reivindicam 20% de aumento salarial, além de benefícios sociais e medidas efetivas de saúde e segurança no trabalho.

Os trabalhadores da mineração estão em meio às negociações com a Vale. A empresa que teve lucro récorde de R$ 30 bilhões em 2010 não quer conceder aumento acima de 7,5%, índice considerado baixo pelo Movimento “Voz das Minas e das Ferrovias”, composto pelo Sindicato Metabase de Congonhas-MG e pelo STEFEM do Maranhão.

Estes dois setores marcaram presença na manifestação em BH, compondo o setor operário que vem exigindo aumento real das grandes empresas, sob o slogan “Se o Brasil cresceu, eu quero o meu!”.

Educadores e Movimento de luta por moradia
Os educadores de BH estão em luta por reajuste salarial e também pela aprovação do plano de previdência do setor. No dia 18 eles realizaram uma importante assembléia com paralisação das aulas, e se somaram à manifestação organizada pelo Sind-Rede-BH em frente à Prefeitura.

O movimento de luta por moradia também marcou presença, exigindo que o prefeito Márcio Lacerda desista da ordem de despejo expedida contra as comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy.

Solidariedade aos trabalhadores em educação
No final da manhã, as diversas categorias e movimentos se reuniram na Praça Sete para prestar sua solidariedade à greve dos trabalhadores em educação da rede estadual que acaba de completar 70 dias.

A greve vem enfrentando a intransigência do governador Antônio Anastasia, que se recusa a implementar o piso nacional da categoria, que deveria ser de R$ 1597.

Por isso, a greve vem ganhando o apoio de diversas categorias e organizações, que buscam furar o bloqueio do governo e conseguir negociações efetivas.

O Minério tem que ser nosso
As atividades do dia foram encerradas com a I Plenária de Construção da Campanha “O Minério tem que ser Nosso”.

A Plenária, que reuniu cerca de 400 pessoas na ALMG, debateu a situação da mineração no Brasil e a necessidade de uma utilização racional dos recursos minerais, de forma a beneficiar a população, os trabalhadores e preservar o meio ambiente, e não apenas como forma de lucro fácil para as grandes mineradoras e fator de destruição ambiental como é hoje.

Marcha a Brasília
Depois do sucesso da manifestação do dia 18 em Bh, a CSP-Conlutas-MG prepara agora a ida dos trabalhadores mineiros para a Marcha a Brasília no dia 24.