No último dia 23, uma manifestação que reuniu cerca de 1.000 participantes marcou um protesto contra a proposta de redução da maioridade penal que tramita no Congresso Nacional.

A manifestação teve início com uma missa, lembrando o triste aniversário da chacina da Candelária. Após a missa, por volta do meio dia, houve uma concentração na própria Candelária. Uma passeata seguiu pela avenida Rio Branco em direção à Cinelândia.

Na passeata, destacou-se a coluna dos movimentos sociais que denunciaram as reformas neoliberais do governo Lula, a violência policial e a criminalização da pobreza.

A presença da militância e das bandeiras da Conlutas, do MST, da Intersindical, da Conlute, do PSTU e do PSOL reforçou a necessidade de aprofundar a unidade destes setores, que protagonizaram o vitorioso dia nacional de lutas no dia 23 de maio e o ato do dia 13 de julho, durante a abertura dos jogos Pan-americanos.

Ainda na concentração, falou João Tancredo, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB-RJ, destituído recentemente pelo presidente da Ordem. Ele foi afastado por conta da firme atuação da CDH na denúncia dos crimes cometidos pela PM e pela Força de Segurança Nacional contra a população na ocupação do Complexo do Alemão.

Infelizmente, a OAB-RJ e seu presidente preferem apoiar o papel criminoso do governo Sérgio Cabral (PMDB), apoiado por Lula e pelo PT, em sua política de criminalizar a pobreza, ao invés de referendar o papel progressivo de investigação e denúncia realizado pela comissão.

A destituição de Tancredo gerou a renúncia coletiva de vários membros desta comissão, inclusive de Aderson Bussinger, advogado da Conlutas e ex-secretário geral da comissão de direitos humanos da OAB-RJ.

Ao final, aconteceu um ato público na Cinelândia, onde todas as entidades que convocaram a manifestação se comprometeram com a continuidade da campanha.