Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, tesoureiro da Federação Nacional Democrática dos Metalúrgicos e membro da direção do PSTU, Luiz Carlos Prates, o Mancha, fala ao Opinião Socialista sobre a necessidade de uma greve OS – Por que uma greve geral?
Mancha –
Porque é preciso barrar essa ofensiva do governo que, na prática, acaba com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Querem flexibilizar os poucos direitos trabalhistas que ainda restam. E isso só pode ser feito pelos trabalhadores, pois o Congresso já cedeu e o Senado, caso não haja um forte movimento de resistência, também vai aprovar esse absurdo. Só uma forte mobilização unificada em todo o país pode combater a política neoliberal do governo FHC e do FMI.

O que deve ser feito para a preparação dessa greve geral?
Mancha –
Um grande debate nos sindicatos, portas das fábricas, dentro do local de trabalho, bairros, divulgação na TV, enfim, uma grande campanha para esclarecer os trabalhadores da gravidade deste ataque e o quanto perderemos se essa lei for aprovada.

O que já está sendo feito para que a greve saia?
Mancha –
Haverá uma grande plenária no Fórum Social Mundial onde devemos definir a realização das plenárias estaduais, forma de agitação, propaganda e diversas atividades para divulgação da greve.

Qual o papel das direções do movimento nessa greve?
Mancha –
Em 2001, na aprovação do projeto de lei do governo pelo Congresso, a atuação das direções ficou a desejar. Não há mais tempo para vacilações. É necessário assumir, de fato, a preparação da greve geral com ações efetivas para sua convocação e realização. À esquerda da CUT cabe, além de organizar suas bases, pressionar a direção majoritária para que não recue na realização da greve.

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