Com Lula no poder, o PC do B e o PT fazem de tudo para desmobilizar a juventude. Mas desta vez conseguiram se superar. Com a Prefeitura e vereadores, fecharam um acordo que “ampliava” os direitos de utilização da meia passagem para os finais de semana, feriados e férias e também para os estudantes de pós-graduação e supletivo.

Mas o tal “acordo” nada versava sobre a reivindicação principal – a revogação do aumento da passagem – e reduzia o direito à meia passagem a uma quota de duas viagens por dia. A traição foi anunciada triunfalmente pelos representantes do PCdoB e do PT, que de mãos dadas e erguidas, saíram da Câmara Municipal orientando que os estudantes não saíssem mais às ruas. Decretavam o fim da luta.

Em um ginásio lotado, informaram o que, segundo eles, era a “grande vitória do movimento”, já batizado de o “Agosto do Buzu”. Mas o acordão foi repudiado veementemente pelos estudantes que imediatamente tomaram as ruas, na melhor resposta aos que tentaram “rifar” o movimento. Exemplo desta revolta foi o fato de terem rasgado camisetas do PCdoB, usadas por seus militantes na plenária, e rejeitarem a participação das entidades (UNE, UBES, ABES) que participaram da manobra.

Os “filhotes de ACM” entraram em ação para tentar capitalizar a revolta dos estudantes contra o PT/PC do B. Passaram a atacar o PSTU e tentar jogar os estudantes contra os “partidos” dizendo-se um “movimento apolítico” e outros jargões reacionários.

Apoiando-se na justa revolta dos estudantes pela atuação burocrática das entidades, o que queria a direita era desacreditar a necessidade da organização dos estudantes, confundindo as entidades do movimento com suas direções. Financiados pelo PFL, faziam campanha contra os partidos.

Nós, do PSTU combatemos esta política da direita, mas também as traições do PC do B e do PT, que em nome da “estabilidade” do governo Lula, querem sufocar a luta da juventude. A “rebelião” dos estudantes foi uma atitude legítima contra os que, em nome do movimento, queriam sufocar a luta.

Post author Nericilda Rocha, de Salvador (BA) e
José Erinaldo Jr., da executiva da UNE
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