É o quinto caso de ataques a homossexuais desde novembro só na regiãoOs casos de homofobia só aumentam na cidade onde ocorre a maior parada gay do mundo. Repetindo a história, dois rapazes foram covardemente agredidos na região da Avenida Paulista. O ataque ocorreu na madrugada do dia 25 para 26 de janeiro na rua Peixoto Gomide, próximo à Frei Caneca, conhecido reduto homossexual na cidade. Um estudante de 27 anos recebeu uma garrafada no olho e o amigo foi atingido com um soco no peito. Os agressores estavam vestidos como skinheads.

Ferido e sangrando, o estudante agredido com uma garrafa tentou pedir ajuda em um posto de gasolina, mas não foi atendido. Tentou ligar para a polícia, em vão. Ao procurar ajuda em uma base móvel da Polícia Militar na região, os policiais nada fizeram. Após ir ao hospital, a vítima foi orientada a procurar a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), mas ela estava fechada. Ele só conseguiu fazer um Boletim de Ocorrência no dia 27.

Escalada de agressões e descaso
Esse foi o quinto caso de agressão homofóbica desde novembro só naquela região. No madrugada do dia 14 daquele mês, um grupo de cinco jovens atacou quatro pessoas em momentos diferentes na avenida Paulista. Em um desses ataques, que causou comoção, um jovem foi agredido e gravemente ferido com uma lâmpada florescente na cabeça.

O único maior de idade do grupo, Lauton Domingues, de 19 anos, foi detido, mas logo liberado. Ele só teve sua prisão preventiva decretada em dezembro, mas não se apresentou à polícia e permanece foragido. A impunidade e o descaso das autoridades, assim, crescem proporcionalmente aos ataques contra os homossexuais.

Entidades e grupos de defesa dos direitos dos homossexuais organizam um ato contra a homofobia no próximo dia 19 de fevereiro. A concentração ocorre às 15 horas na Praça do Ciclista, próxima ao cruzamento da Paulista com a Consolação.

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