O governo e a mídia terminam 2004 em clima de otimismo, apresentando os resultados do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) como sinal dos “novos tempos” de um crescimento econômico “sustentável e permanente”. Palocci até disse que “está feliz” e que Lula está cantarolando.

As avaliações de “esperanças renovadas” para 2005 e a nova campanha da mídia sobre o crescimento econômico tentam ocultar a realidade dos fatos. A verdade é que, apesar de um crescimento cíclico da economia, houve um maior empobrecimento da classe trabalhadora que não viu nem uma migalha do tal crescimento e, portanto, não tem motivos para cantarolar. O desemprego continua nas alturas e o poder aquisitivo dos salários foi para o fundo do poço. Por outro lado, banqueiros e empresários, especialmente os ligados ao agronegócio, estão cantarolando e sorrindo junto com Lula e Palocci, pois nunca lucraram tanto como neste governo.

A campanha tenta ocultar também que o governo Lula termina o ano mais enfraquecido e desgastado em importantes setores da classe trabalhadora. Grandes lutas e greves acalentadas pelo crescimento da economia foram protagonizadas por importantes setores dos trabalhadores e colocaram o governo e as direções sindicais chapas-brancas contra a parede.
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