Manifestação contra a crise e as demissões também incluiu o “Fora Yeda!”: governadora está envolvida em escândalos de corrupçãoMais de 3 mil pessoas participaram dos protestos do Dia Nacional de Luta em Porto Alegre (RS). Os dois eixos da mobilização foram: “os trabalhadores não devem pagar pela crise” e “Fora Yeda!”, governadora do PSDB envolvida em escândalos de corrupção.

Várias concentrações tiveram um destino final: a Praça da Matriz, ao lado do Palácio Piratini, sede do governo estadual. A maior concentração aconteceu em frente à sede da Gerdau, com grande participação dos trabalhadores em educação ligados ao CPers, uma coluna do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e da Via Campesina, além de outros setores do movimento sindical e popular.

Depois de fazer o protesto na Gerdau contra as demissões provocadas pelos patrões e as consequências da crise econômica para os trabalhadores, os manifestantes se dirigiram para o centro bancário da cidade. Em frente a várias agências, foi feito um ato público.

Lula já deu R$ 160 bilhões aos bancos, mas para os trabalhadores não fez nada para evitar as demissões”, denunciou Júlio Flores, do PSTU. O partido se soma à Conlutas e a todos aqueles que exigem de Lula uma Medida Provisória que garanta a estabilidade no emprego.

Também falaram os demais partidos políticos e as centrais sindicais. Pela Conlutas, Vera Guasso saudou a unidade, mas ressaltou que essa precisava estar a serviço da defesa dos trabalhadores e não de acordos com a patronal que retira direitos ou de apoio a políticas do governo que só beneficiam a burguesia. Vera defendeu a construção de um dia de paralisação nacional para seguir a luta.

Já em frente ao Palácio Piratini, com a chegada das várias passeatas, teve início o ato final. Falaram representações estudantis e das centrais sindicais. O ato teve uma forte presença de secundaristas. Eram quase mil estudantes gritando “Fora Yeda!”, indignados com os fortes ataques da governadora às escolas estaduais e aos professores.

Fechando o ato, falaram representantes do CPers-Sindicato, entidade dos trabalhadores da Educação estadual, e as centrais. Pela Conlutas, falou Neida Oliveira, vice-presidente do CPers, que defendeu a criação da Medida Provisória da estabilidade no emprego. Ela defendeu a construção de uma greve geral.

O PSTU e a Conlutas participaram da construção do dia 30. Os dois adesivos, um com o Fora Yeda e outro contra as demissões e reestatização da Embraer, foram amplamente usado por estudantes e trabalhadores.

Outras três atividades também fortaleceram o dia de luta. Os previdenciários fizeram um protesto no prédio central da Previdência, no centro de Porto Alegre. Já os servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizaram um dia de paralisação.

Em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, a Associação dos Trabalhadores Lesionados por Doenças do Trabalho fez um protesto em frente ao prédio do Serviço Nacional do Emprego (Sine) da cidade contra a aplicação da alta programada pelo INSS.