Manifestação foi o primeiro grande ato de protesto contra a política do Governo Lula e colocou num novo patamar a luta contra a reforma`FotoCerca de 25 mil trabalhadores tomaram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, ao longo do dia 11 de junho, protestando contra a reforma da Previdência proposta pelo governo.

Foram fundamentalmente servidores públicos, federais, estaduais, municipais e aposentados, mas também trabalhadores da iniciativa privada, como metalúrgicos.
Num clima de radicalização e revolta contra a reforma encaminhada por Lula, muitos manifestantes externavam sua indignação com o que consideravam uma traição da direção do PT.

Após uma grande concentração na Catedral, os manifestantes tomaram as 6 faixas da via que atravessa a Esplanada, e mais boa parte do gramado, se dirigindo ao Ministério da Previdência, passando pelo Palácio do Planalto e finalizando o ato diante do Congresso, onde ocorreram a maioria das intervenções das entidades, parlamentares e partidos.

“O Berzoini, preste atenção, essa reforma é privatização”

`FotoA passeata desde seu início foi marcada por um tom de franca oposição à reforma, com os manifestantes gritando “O Berzoini, preste atenção, essa reforma é privatização”. A manifestação adquiriu o caráter anti-reforma e pela retirada da PEC 40, apesar e contra a maioria das direção da CUT e da CNTE, que defendem participar do processo de reformas, apresentando emendas. Estas direções apostam numa atuação que prioriza a negociação no Congresso Nacional e com o governo, ao invés de centrar na luta e num calendário que dê seqüência a ela, como o próprio dia 11 demonstrou ser possível.

Mas a massa de manifestantes presente em Brasília demonstrou o caminho correto a seguir e forte disposição de construir a luta para impedir a reforma.

As palavras de ordem, adesivos e faixas, até mesmo cartazes feitos em casa pelos próprios manifestantes, apontavam na linha de combater o Projeto de Emenda Constitucional da reforma da previdência, que é, em sua totalidade, estruturado para atender os interesses dos banqueiros e as exigências do FMI.

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Post author Rogério Marzola,
diretor da Fasubra
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