A unidade das mulheres trabalhadoras em defesa de seus direitos e por uma sociedade justa e igualitária foi o principal ponto discutido na oficina de Gênero e Classe, organizada pela Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU. Esta foi uma das oficinas mais concorridas do II Fórum Social Mundial, no domingo. Apesar do interesse, muitas pessoas foram obrigadas a ficar do lado de fora por falta de espaço na sala, que ficou totalmente lotada.

Para falar sobre a luta da mulher estiveram presentes a jornalista Cecília Toledo, autora do livro “O Gênero nos une, a Classe nos divide”; Letícia Castilho, dirigente do FOS na Argentina e Pilar, militante feminista na Turquia.

Em sua exposição Cecília ressaltou que apesar de toda mulher ser oprimida, ela está dividida pela classe. Por isso, a luta em defesa de um mundo sem opressão e exploração tem que se dar através da unidade dos trabalhadores e trabalhadoras. As mulheres ricas, apesar de oprimidas, têm uma realidade e necessidades muito diferentes da mulher trabalhadora. Elas querem manter esta sociedade de exploração, enquanto as trabalhadoras querem transformá-la.

Letícia falou sobre a participação da mulher nas grandes mobilizações ocorridas na Argentina e do panelaço, símbolo de luta das mulheres argentinas, que vão às ruas com panelas vazias em defesa de seus direitos.

Militante na Turquia, Pilar convive de perto com a pobreza daquele país e a opressão às mulheres. Mas, apesar do islamismo ser a religião predominante, as mulheres não querem perder seus direitos por conta disso.