Na manhã de sexta-feira, no terceiro dia de congresso, as propostas e emendas aprovadas pela maioria dos delegados, ligados à Articulação, seguiram abandonando princípios históricos da CUT como a luta contra o FMI e a Dívida Externa.

A participação no Fórum Nacional dos Trabalhadores, onde o governo pretende aprovar propostas de flexibilização dos direitos na reforma trabalhista, foi aprovada, levando em frente a política de se fazer pressão parlamentar e de negociar com o governo, em detrimento da luta e mobilização dos trabalhadores.

Apesar de na retórica, a direção da Articulação, como nas falas de João Felício, falar em autonomia e que a Central prosseguirá encaminhando as lutas da classe trabalhadora, o que se vê é a recusa em assumir formalmente nos textos as lutas contra a Alca, o FMI e a Dívida.

Defendendo a luta contra a Alca, Ciro Garcia, do MTS e do PSTU, começou seu discurso afirmando que não há inserção soberana na Alca. “Os trabalhadores do Uruguai evitaram a privatização do sistema de água, com luta, com o povo nas ruas. Este é um exemplo a ser seguido e mostra que é possível barrar a Alca“, disse.

O texto aprovado, contudo, foi basicamente o texto da Executiva da CUT, onde se fala timidamente da necessidade da continuidade da luta contra a Alca e o plebiscito oficial. Porém, não se explica como, nem quando.