Presidente ignora os bilhões dados pelo BNDES à empresa e aceita a justificativa para as demissõesEm reunião com a direção da Embraer nesse dia 25 de fevereiro no Palácio do Planalto, Lula ouviu do presidente da companhia, Frederico Curado, as justificativas para a recente demissão em massa realizada pela empresa. A reunião contou com a presença de altos executivos da Embraer e, por parte do governo, vários ministros, como o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, o do Desenvolvimento, Miguel Jorge e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.

Segundo o ministro Miguel Jorge e do presidente da Embraer logo após o encontro, o presidente não pediu a reintegração dos 4.270 funcionários sumariamente demitidos. Lula ouviu e aceitou as explicações da empresa, culpando a crise econômica internacional pelo corte. O presidente se limitou a pedir à Embraer que “ajudasse” os funcionários demitidos, estendendo os benefícios além do auxílio-saúde.

Jogo de cena
Junto com as declarações indignadas, Lula havia anunciado que convocaria a direção da Embraer para cobrar explicações. Tal discurso, porém, logo se revelou mera encenação.

Na reunião com a Embraer o discurso mudou. Lula não pediu a reintegração e o ministro Miguel Jorge chegou ao cúmulo de afirmar que o financiamento do BNDES não é para a empresa. “O BNDES financia quem compra os aviões da Embraer, é para quem compra, não para quem vende”, teve o cinismo de afirmar.

Post author
Publication Date