LIT-QI

Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional

Corriente Roja

Na tarde de 17 de agosto, Las Ramblas de Barcelona se transformaram no cenário de um autêntico massacre. O atentado cometido lançando uma van a toda velocidade contra uma multidão deixou, até o momento da publicação desta nota, 13 mortos e dezenas de feridos. Tudo indica que este ato bárbaro, covarde e injustificável tenha sido perpetrado pelo Estado Islâmico ou por seus seguidores.

A Corriente Roja repudia com toda força este atentado e se solidariza com as vítimas e seus familiares. Esses atentados, aos que a Europa vem tristemente se acostumando, merecem o completo repúdio das organizações de trabalhadores e dos movimentos sociais. Aqueles que foram assassinados hoje não tinham absolutamente nenhum tipo de responsabilidade pelas práticas de guerra, racismo e espólio dos governos europeus. O Estado Islâmico volta a mostrar que, assim como fizeram na Síria ou no Iraque, sempre mira as suas armas contra as pessoas comuns.

Este atentado serve apenas para fortalecer as políticas mais reacionárias dos nossos governos que, sob a retórica do antiterrorismo, aproveitam a situação para fechar ainda mais as fronteiras e aumentar a perseguição aos trabalhadores imigrantes. O racismo da extrema direita (do qual cada vez mais governos europeus se apropriam) e o jihadismo crescem juntos. Há poucos dias, os fascistas norte-americanos, com a “compreensão” de Trump, investiram contra uma marcha antifascista usando exatamente o mesmo método.

Em última instância, alertamos que sempre se terminam usando as medidas de exceção para redobrar os ataques às liberdades democráticas e contra a luta social, como Hollande fez recentemente na França contra as mobilizações contra a sua reforma trabalhista.

Por outro lado, o absurdo terrorismo jihadista é inseparável da política de pilhagem imperialista e de guerra do governo dos EUA e dos governos da União Europeia, entre os quais está o nosso. Enquanto os povos do Oriente Médio e do Norte da África se levantavam em verdadeiras insurreições populares pela justiça social e pela democracia, as potências mundiais eram aliadas das ditaduras corruptas da região e permitiam que as revoluções fossem esmagadas sem misericórdia.

Os trabalhadores e a juventude não podem ficar impassíveis, afinal sempre somos nós que damos o sangue e os mortos. Este atentado é mais um motivo para entrar em ação e enfrentar as políticas de pilhagem imperialista, de racismo, de desigualdade e de guerra.

Tradução: Raquel Polla