Nestes 30 anos de história a LIT-QI vem desenvolvendo uma longa e difícil batalha para construir partidos revolucionários com influência de massas em todos os países e para construir a Internacional. Hoje, a organização tem relações fraternais com partidos, grupos ou militantes na Argentina, Paraguai, Uruguai, Brasil, Bolívia, Peru, Venezuela, Costa Rica, República Dominicana, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália, entre outros. Conheça, agora, as ações e a trajetória de alguns destes partidos.

PSTU (Argentina)
Em maio do ano passado, nasceu o PSTU argentino. O partido surgiu como resultado de onze meses de debates, discussões, ações comuns e acordos que culminaram na fusão de duas organizações: o FOS (Frente Operária Socialista) e a COI (Corrente Operária Internacionalista). Ao mesmo tempo houve a entrada, para o PSTU, dos companheiros do agrupamento Dignidade, de Córdoba.

O surgimento do PSTU mostrou que é possível a unidade dos que acreditam que é possível construir um novo partido revolucionário no país. E que isso se dá sob sólidas bases programáticas, com o objetivo de se implementar na classe operária. Hoje, o PSTU se afirma como uma referencia para continuar construindo a corrente que Nahuel Moreno fundou na Argentina.

Partido da Alternativa Comunista (PdAC – Itália)
Criado em janeiro de 2007, o PdAC surgiu quando centenas de ativistas e militantes estavam saindo do Partido da Refundação Comunista. Muitos dos ativistas desta organização lutaram contra a entrada da Refundação no governo burguês de Romano Prodi, em 2006. Esse fato levou a Refundação a um processo de desagregação, com várias cisões.

O PdAC nasceu da necessidade de construir uma oposição comunista aos governos burgueses e, também, como um alternativa aos ativistas desiludidos com a capitulação da Refundação. Os ativistas que participavam deste processo também estavam convencidos que um partido da classe trabalhadora só pode ser construído em escala internacional. Por isso, no congresso de fundação, o PdAC resolveu ingressar na LIT-QI.

Hoje, a Europa está no centro da crise mundial e a Itália vive uma situação econômica semelhante a Grécia. O PdAC vem lutando contra os planos de austeridade aplicados pelo governo Monti e pela chamada “troika” (FMI, Banco Central Europeu e União Europeia). É possível que a o conflito social exploda na Itália no próximo período. E o PdAC, junto com outras organizações que mantém relações com a LIT, se prepara para o crescimento das lutas no velho continente.

Partido dos Trabalhadores(PT – Paraguai)
Um mês após a queda do ditador Alfredo Stroessner, em 1989, aproximadamente 130 trabalhadores da cidade e do campo fundaram o PT paraguaio. A queda da ditadura produziu um ascenso de lutas sem procedentes na história do país. O PT participou diretamente destas lutas, convencido que o partido se constrói nelas. Já nos anos 1990, ocupações de terra em massa marcaram a conjuntura política do país. Dezenas delas foram encabeçadas pelos dirigentes do PT. Muitas delas foram vitoriosas e milhares de hectares de terras foram conquistados para os camponeses pobres, sob a bandeira da reforma agrária radical. O partido também teve papel decisivo na organização dos trabalhadores do campo, culminando na criação da Central Nacional de Organizações Camponesas, Indígenas e Populares (CNOCIP). O partido também cumpriu um papel fundamental na fundação da Confederação da Classe Trabalhadora (CCT)
Hoje, o PT paraguaio permanece fiel ao classismo e à estratégia de construir o socialismo. Por isso, não capitulou, como boa parte da esquerda paraguaia, ao governo de Frente Popular de Lugo.