Desde o dia 19 de maio, cerca de 300 famílias sem-teto estão acampadas em um gigantesco terreno da União na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. A área estava cedida a uma empresa de aviação, numa região conhecida na cidade como “aeroclube”, abandonada há vários anos. A ocupação é composta por várias famílias, na sua maioria de desempregados e trabalhadores rurais sem-terra que se organizaram e lutam por um pedaço de terra.

No dia 15 de junho, o prefeito Lindberg Farias (PT) ordenou à guarda municipal, com o auxílio da Polícia Militar, a expulsão dos trabalhadores. A ordem fui cumprida. No entanto, segundo denúncia das famílias sem teto, além de atacar e expulsar os trabalhadores no meio da noite, as forças repressivas queimaram todos os barracos e “apreenderam” os bens dos trabalhadores.

Após isso, as famílias decidiram acampar em frente à prefeitura, onde permanecem desde o dia 19 de junho. Segundo denúncia, os trabalhadores vêm sendo ameaçados e reprimidos a todo tempo pela PM, a mando do prefeito.

Esses companheiros já têm o apoio da Conlutas através dos comerciários de Nova Iguaçu, que aprovaram uma moção de apoio na última assembléia do sindicato, e do PSTU. Eles precisam agora da solidariedade e de moções de apoio do conjunto do movimento social. Há poucos dias houve um ato dos professores municipais de Nova Iguaçu, que manifestaram seu apoio à luta das famílias sem teto, contra os abusos repressores da prefeitura petista do ex-esquerdista Lindberg.

Post author Geovani Pereira e Patrick Galba, de Nova Iguaçu (RJ)
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