Islam Hamed está em greve de fome desde 11 de abril contra sua prisão injusta

Uma campanha da sociedade civil está em curso pela libertação do brasileiro-palestino Islam Hasan Jamil Hamed, 30, e sua repatriação ao Brasil. Em greve de fome desde 11 de abril, sem qualquer acusação formal, ele está há mais de um ano com ordem de soltura, mas continua preso em cárcere da Autoridade Nacional Palestina (ANP), na cidade de Nablus, na Palestina ocupada.

Em sua terceira prisão – a primeira por Israel, quando tinha apenas 17 anos, por atirar pedras em tanques -, ele recusa-se a se alimentar em protesto contra a injusta situação em que se encontra. Sua única esperança é que o governo brasileiro garanta salvo conduto para trazê-lo em segurança a este país – negociação que, segundo o Itamaraty, está em curso junto à ANP e Israel. Negociações sobre o caso vêm sendo conduzidas, conforme fontes oficiais, há mais de um ano. A família luta para que o governo o traga ao Brasil desde 2013 – pedido que reiterou em 15 de abril.

A alegação da ANP é que não o liberta para impedir que seja preso ou morto por Israel e que a família teria que assinar um termo se responsabilizando por sua soltura. A família questiona esse argumento, bem como as condições a que está submetido Islam no cárcere – 24 horas com luz acesa e em completo isolamento.

A campanha pela sua libertação e repatriação ao Brasil considera inaceitável que seja imputada a cidadãos responsabilidade que cabe a governos. Reivindica que o Estado brasileiro cumpra esse papel. A família no Brasil está preparada para receber Islam, sua esposa e filho. Falta apenas a concretização das negociações pelo salvo conduto, o que se torna urgente diante do risco de morte do brasileiro-palestino. Por suas relações privilegiadas e posição de liderança, a campanha enfatiza que o Brasil tem plena condição de exigir a repatriação. A campanha será intensificada e não cessará até que seu objetivo seja alcançando. Enquanto isso, permaneceu atenta às condições de Islam no cárcere.

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