Luciano Firmino, Ricardo Santos e Juraci Santos. Foto Mídia Ninja
Redação

O dia 28 de abril ficou marcado como uma das maiores greves gerais que esse país já viu. A resposta dos governos e da polícia, porém, foi repressão e arbitrariedade. Em São Paulo, três ativistas do MTST foram detidos durante uma manifestação pacífica na capital e permanecem até agora presos.

Juraci Alves dos Santos, Luicano Antonio Firmino e Ricardo Rodrigues dos Santos foram detidos junto com outros três manifestantes, que foram libertados logo em seguida. Os três primeiros, porém, não só permaneceram presos como estão sendo acusados pelos crimes de incitação ao crime, incêndio e explosão. A tal “incitação” se deve às palavras-de-ordem contra Temer e as reformas trabalhista e previdenciária proferidas pelos manifestantes. Já os demais crimes foram imputados por, supostamente, deterem rojões e gasolina. A única prova que a Justiça têm é a palavra dos policiais, conhecidos por plantarem provas para incriminar movimentos sociais.

Se a detenção e as acusações já são absurdas, mais ainda é a decisão da juíza Marcela Filus de rejeitar o pedido de liberdade afirmando que os ativistas representam perigo à “ordem pública”. A juíza converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva e os ativistas podem ser transferidos do 63º DP ao presídio a qualquer momento.

As acusações e o motivo alegado pela Justiça para manter os ativistas presos não deixam margem para dúvidas: trata-se de uma prisão política. É uma tentativa absurda de intimidar e criminalizar os protestos contra o governo e as reformas. Isso justo no momento em que o ex-bilionário Eike Batista é solto pelo ministro do STF Gilmar Mendes, o mesmo que proibiu a Polícia Federal de “surpreender” o tucano Aécio Neves.

Exigimos a liberdade imediata dos três presos da Greve Geral! Lutar não é crime! Não à criminalização do direito de greve e manifestação!

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