O Governo Federal, articulado com os governos de Jaques Wagner (PT) e o de Sérgio Cabral (PMDB), empreende uma repressão sem precedentes contra a mobilização dos policiais. Truculência com direito a escutas telefônicas e espionagem como nos tempos da ditadura. A presidente Dilma chegou a ir à TV afirmar que é contra a anistia aos policiais grevistas.
Em uma das conversas interceptadas pela Polícia Federal e divulgada em primeira mão pela Globo, aparecem o cabo Daciolo conversando sobre a mobilização dos policiais no Rio com a deputada estadual do PSOL, Janira Rocha, sendo que os policiais no estado sequer haviam entrado em greve ainda. Isso mostra que a prática do grampo contra movimentos de greve é generalizada. Daciolo foi preso pelo crime de incitamento a motim e a deputada pode enfrentar até mesmo a perda do mandato.
É preciso rechaçar fortemente essa repressão digna das piores ditaduras e exigir do governo Dilma a libertação imediata de Daciolo, Prisco e demais dirigentes presos. Exigir ainda a retirada das tropas federais do Rio e a abertura de negociações com os policiais grevistas.
Unificação e desmilitarização da polícia
A mobilização dos policiais que se alastra pelo país mostra ainda a necessidade da unificação da polícia e a desmilitarização da Polícia Militar, com o pleno direito de organização e sindicalização dos policiais.
A proibição da sindicalização da categoria visa manter a polícia como um aparato de repressão à greve dos trabalhadores e às lutas sociais. Também é necessário criar uma nova polícia, organizada de forma radicalmente diferente da atual. Seus comandantes ou delegados deveria ser eleitos pela população da região onde atuam. É uma forma democrática de comprometer esses comandantes com a população local.
Para o PSTU, a luta dos policiais civis, militares e dos bombeiros que se alastra pelo país deve servir de exemplo ao restante dos trabalhadores.
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