Decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira pelos trabalhadores, em assembléiaEm assembléia na manhã desta sexta-feira, dia 6, os trabalhadores da LG Philips, de São José dos Campos, decidiram encerrar a greve iniciada na última segunda-feira. Os trabalhadores também aprovaram a segunda proposta apresentada pela empresa, que prevê, além do pagamento das verbas rescisórias, 1,5 salário por ano trabalhado até o teto de R$ 6.000 e assistência médica por seis meses a partir do desligamento.

Contudo, as negociações continuam. O Sindicato vai buscar garantias junto à LG Philips do pagamento dos direitos dos trabalhadores, como em relação aos impostos sobre a indenização trabalhista e ao PSS (Plano de Seguridade Social).

Também não será aceito que os trabalhadores sejam obrigados a assinar nenhum termo dando “quitação plena” dos valores trabalhistas (sem direito a nenhuma contestação posterior), como quer a empresa, o que seria ilegal.

Uma nova assembléia na fábrica foi marcada para a próxima quarta-feira, dia 11, às 7h. Neste dia, haverá ainda uma reunião com os trabalhadores lesionados, às 10h e às 16h, na sede do Sindicato.

Ainda pela proposta, como afirmou a empresa na audiência pública com o Ministério Público do Trabalho, realizada quinta-feira à tarde, será preciso a adesão de 80% dos trabalhadores a essa proposta.

“Os metalúrgicos da LG Philips estão dando uma demonstração de unidade em defesa dos seus direitos e sabem que a luta não acabou, porque a empresa fez uma proposta, mas não dá garantia do pagamento”, disse o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Atividades
As atividades contra o fechamento da fábrica e em defesa do emprego definidas na quinta-feira pelos trabalhadores estão mantidas.

Hoje à tarde, uma comissão de trabalhadores vai tentar falar com o senador Aloisio Mercadante, e pedir o apoio do Congresso e do governo para encontrar uma alternativa ao fechamento da empresa.

Na quarta, dia 11, uma delegação de trabalhadores da LG Philips de São José vai a Suzano participar de uma assembléia dos trabalhadores da LG Philips da cidade, também ameaçada de fechamento. Neste dia, à tarde, haverá uma Audiência Pública na Assembléia Legislativa em São Paulo, onde também será discutida a situação da empresa e os direitos dos trabalhadores.

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