Protesto em frente ao leilão, no Rio de Janeiro
Foto: PSTU-RJ

Petroleiros e movimentos que compõem a campanha “O Petróleo tem que ser nosso” realizam mobilizações contra a 11ª Rodada de leilão da ANP

Desde o dia 13 de maio, segunda-feira, petroleiros e movimentos sociais vêm realizando manifestações contra a 11ª Rodada de Licitação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que pretende entregar 289 blocos para a exploração privada, a maior entrega de recursos do Brasil da história.

No dia 13, a CSP-Conlutas, petroleiros e movimentos sociais ocuparam a sede da ANP no centro do Rio de Janeiro. Cerca de 150 manifestantes tomaram o saguão dos elevadores da entidade. O Sindipetro-RJ, a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), a CSP-Conlutas e ativistas de outros movimentos permaneceram no local por volta de uma hora e meia. Depois, seguiram em marcha pela Avenida Rio Branco e terminaram com um ato simbólico em frente ao Edifício Sede da Petrobrás.

Em Brasília, também pela manhã do dia 13, aconteceu a ocupação do Ministério das Minas e Energia. Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Camponês Popular (MCP) e Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), além de quilombolas e trabalhadores da Federação Única dos Petroleiros (FUP), ocupam o ministério em protesto contra os leilões.

Em São Paulo, foi realizado um ato pela tarde em frente à Bolsa de Valores, no centro da cidade. Estiveram presentes a CSP-Conlutas, os sindicatos dos petroleiros do Litoral Paulista e Vale do Paraíba, bem como a ANEL, PSTU, entre outros movimentos.

Protestos continuam nesse dia 14

As manifestações continuam nesse dia 14, o primeiro dia do leilão. Na abertura da 11ª Rodada, pela manhã, pelo menos 800 pessoas se concentravam em frente ao Hotel Royal Tulip, em São Conrado no Rio de Janeiro, local onde está ocorrendo a licitação da ANP.

Em várias partes do país, na base da FNP, também estão ocorrendo mobilizações. No Sindipetro Alagoas/Sergipe, o ato aconteceu na manhã desta terça-feira em Aracaju (SE), no Edifício Sede. Foi realizado um ato de duas horas na entrada dos trabalhadores, com intervenções dos dirigentes sindicais da entidade e de outros movimentos sociais como ANEL.

Já em São José dos Campos (SP), durante toda a semana está ocorrendo panfletagens na base contra os leilões e na base do Sindipetro PA/AM/MA/AP, onde 15 outdoors espalhados por Belém denunciam a venda do petróleo brasileiro às multinacionais, estão previstos atos nesta quinta (16/05) e sexta-feira (17/05).

Ainda nesta terça, no Litoral Paulista, o ato foi realizado no Terminal Alemoa, em Santos. Por aproximadamente 30 minutos, metade dos trabalhadores ficou do lado de fora da unidade. Os dirigentes sindicais alertaram os petroleiros para o risco das privatizações do Governo Dilma – que já envolvem as rodovias, aeroportos e agora os portos – atingirem a Transpetro.

Já em Natal (RN) o ato foi realizado em frente ao portal principal da sede administrativa da Petrobrás e contou com a presença da vereadora do PSTU, Amanda Gurgel.

*Com informações da CSP-Conlutas, Agência Petroleira de Notícias e FNP

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