Chapa disputa as eleições para o DCE da Universidade Federal do Rio de Janeiro e defende a construção da ConlutePrograma da Chapa `Não Vou me Adaptar!`
DERROTAR A REFORMA UNIVERSITÁRIA. CONSTRUIR A CONLUTE
Um novo momento está colocado para os movimentos sociais no Brasil. O governo Lula, eleito pelos trabalhadores que acreditavam eleger um dos seus, segue implementando a política neoliberal da classe dominante. Neste momento, ele ataca os trabalhadores com reformas que caçam direitos e abrem caminho para a ALCA. As reformas universitária, sindical e trabalhista, além da previdenciária, são um duro golpe nos direitos conquistados no passado. Para piorar, ele utiliza da autoridade conquistada pelo PT nas greves de 80 e outros processos de luta para fazer passar que essas reformas beneficiam os trabalhadores e atacam marajás. Nada mais falso. Essas reformas acabam com direitos trabalhistas, retiram o poder de decisão dos trabalhadores em negociações sindicais (criando super-pelegos) e privatiza as universidades. O governo Lula e o PT estão integrados ao sistema, ligados a parasitária burguesia internacional e morreram de vez como ferramentas para conquistar quaisquer mudanças sociais.
No movimento estudantil vemos a tragédia da cooptação da UNE pelo governo. Com a eleição de Lula os partidos que controlam a UNE (PT/PcdoB) a transformaram em uma entidade governista, distante dos interesses dos estudantes e defensora de tudo quanto é medida governamental. Para se ter idéia, no último CONEG, a UNE se posicionou a favor da reforma e, pasmem, pela manutenção das tropas de ocupação brasileiras no Haiti. Isso apenas mostra a incapacidade da UNE de se enfrentar com o governo e de defender os interesses dos estudantes. Desde o ano passado nós estamos fazendo parte da construção de uma nova direção, a CONLUTE, que possa tocar os processos de enfrentamento com este governo e derrotar a reforma. Esta experiência tem se mostrado vitoriosa e já conseguimos construir duas manifestações em Brasília, várias incursões ao MEC regional, um plebiscito nacional com mais de 50.000 votantes e centenas de lutas específicas por todo o país. No último encontro da CONLUTE foi aprofundada a discussão de ruptura com a UNE. Nós temos o entendimento que é a posição mais correta e que devemos nos dedicar a desmascarar esta entidade morta para os interesses estudantis. A UNE não fala em nosso nome e nós não fazemos parte dela…
A última gestão do DCE-UFRJ mostrou o caminho de como se deve construir uma entidade de luta. Ela atuou em cada luta específica em defesa dos estudantes ajudando a derrubar o interventor Armênio no Direito e a corrupta Edione na Letras, conquistando com luta as reformas na Escola de Belas Artes e a reabertura da biblioteca do IFCS, sendo implacável na luta contra as fundações e o estacionamento privado no CT e no CCS, impedindo a cobrança de taxas no teatro de arena, denunciando a falta de democracia nos conselhos, lutando contra os atrasos das bolsas e por sua expansão, e sendo protagonista na construção da CONLUTE e da luta contra a reforma universitária. Esta gestão permitiu que fizéssemos uma chapa ainda maior para esta eleição. Com mais setores, mais estudantes e mais ligada às reivindicações de cada campus. Essa chapa já é uma vitória em si. Mas nesta eleição enfrentaremos uma chapa do governo com ricos materiais, festas e carnafundões, militantes pagos e discurso despolitizado. Trabalharemos duro para derrota-los nesta eleição. Mas sabemos que no movimento real, na luta cotidiana pelos nossos interesses, reside a verdadeira luta por uma educação publica, gratuita e de qualidade.
PROPOSTAS:
Composição paritária dos Conselhos Universitários. Eleições Diretas e Paritárias ou Universais para Reitor