NOS DIAS 27 E 28/10, VOTE: CHAPA 1 – PARA NÃO DEIXAR VIRAR PRIVADA – OPOSIÇÃO À ATUAL GESTÃO

DCE É PRA LUTAR CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE

A eleição do DCE-UnB (Diretório Central dos Estudantes), que ocorrerá nos dias 27 e 28 de outubro, será cruzada pelo debate sobre a reforma universitária do governo Lula. Se concretizada, essa reforma significará filas maiores no R.U., salas de aula super lotadas, mais dificuldades na matrícula em disciplinas, maior sucateamento dos laboratórios, do HUB e do C.O., defasagem no acervo da biblioteca, enfim, um aumento significativo nos problemas enfrentados na universidade. Além disso, se a reforma for implementada, instituirá a cobrança de mensalidades e acabará com a autonomia da universidade, sujeitando-a ao mercado.

Nós somos a CHAPA 1, PARA NÃO DEIXAR VIRAR PRIVADA – OPOSIÇÃO À ATUAL GESTÃO, composta por estudantes que organizaram as mobilizações contra essa reforma durante o semestre passado e estamos lançando uma alternativa de lutas para o DCE, em oposição à postura imobilista da última gestão, ligada ao Governo Lula.

Participaremos dessa eleição com uma chapa que foi montada nas salas de aula, em reuniões abertas, diferente das outras chapas, montadas por baixo dos panos. Nosso programa é expressão disso: foi sistematizado a partir do questionário que passamos em sala de aula no qual perguntávamos quais eram os problemas dos estudantes e quais os pontos deveriam constar nas propostas de uma chapa realmente representativa. Por isso a CHAPA 1 é a maior chapa dessas eleições, com o maior numero de membros, por que foi montada democraticamente, com a participação dos estudantes.

REFORMA UNIVERSITÁRIA DE LULA/FMI É PRIVATIZAÇÃO: DIGA NÃO!

A Reforma Universitária privatizante de Lula é conseqüência da política econômica desse governo que privilegia o pagamento da dívida e(x)terna e do superávit primário. Apesar de eleito pelos trabalhadores e pela juventude com expectativas de mudanças, Lula aplica a mesma política de FHC. Só no ano passado foram desviados R$ 215 bilhões das áreas sociais como educação e saúde para remunerar os banqueiros internacionais.

Para os estudantes, a Reforma vai significar o fim da gratuidade e da qualidade das universidades. Ao acabar com o financiamento público dessas instituições, o governo quer implementar maior cobrança de taxas e de mensalidades.

Está em tramitação um Projeto de Emenda à Constituição, da Dep. Selma Schons (PT-PR), que propõe a cobrança de ex-alunos e que faz parte do pacote dessa reforma. No lugar do financiamento estatal, o governo pretende obrigar as universidades a captar seus recursos no mercado. Isso significaria o fim daquelas atividades que não dão lucro, o que compreende grande parte do que é realizado nas universidades publicas, que não foram criadas para remunerar grupos privados e sim para produzir conhecimento.

“Quem paga a banda, escolhe a musica”, diz o ditado popular, e qualidade e gratuidade, nesse caso, não serão os nomes da música.

Se, por um lado, o governo corta verbas para as Públicas, por outro, utiliza essas mesmas verbas para salvar os lucros dos donos das faculdades privadas, comprando vagas nas faculdades particulares, através do Programa Universidade Para Todos, um dos pilares da Reforma, o que é um absurdo! O parecer da AGU que permitia a transferência de estudantes das faculdades privadas para a UnB mostra o que o governo quer com a Reforma.

PARIDADE JÁ!
A UnB é administrada por uma burocracia ilegítima, eleita pelo critério dos 70-15-15 (70% do peso dos votos para os professores, 15% para estudantes e 15% para servidores) que representa os interesses do mercado materializado nas fundações privadas como o CESPE e a FINATEC. Essas fundações que arrecadam dezenas de milhões de reais por ano, utilizam o nome, a infra-estrutura, a tecnologia e a mão-de-obra da universidade se apropriando dos recursos por ela gerados. As fundações são a base de sustentação material da atual reitoria.

Lutamos pela Paridade, isto é, a mesma proporção nos votos de estudantes, servidores e professores na escolha dos representantes para os conselhos da universidade – dos departamentos de curso à Reitoria. Garantir a democracia na gestão da universidade é fortalecer a luta contra a Reforma, que tem como um de seus objetivos dar todo poder às fundações privadas. Isso, obviamente, interessa ao reitor Lauro Morhy e seus sócios empresários que pretendem transformar a UnB em um supermercado de educação. As especializações e pós-graduações pagas já são maioria na universidade e mostram como a falta de democracia abre as portas para o fim da gratuidade e da qualidade do ensino.

25 de novembro marcha nacional

A UNE, que deveria organizar os estudantes para derrotar essa reforma privatizante, hoje atua como braço do governo e é co-autora da reforma.

Importantes iniciativas nacionais foram realizadas para barrar essa Reforma, como a Plenária Nacional Contra a Reforma Universitária realizada em Brasília e o Encontro Nacional Contra a Reforma de Lula/FMI, que aconteceu na UFRJ e fundou a CONLUTE (Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes).

O seguinte calendário está sendo organizado por essas iniciativas, participe!

– 1 a 7 de Novembro: Plebiscito Nacional sobre a Reforma Universitária.
– 11 de novembro: Dia nacional de paralisação nos estados.
– 25 de novembro: Marcha Nacional em Brasília para barrar a Reforma

UnB

Falta de professores, filas imensas no R.U., iluminação e segurança precárias no campus, salas de aula lotadas, tumulto na matricula, infra-estrutura sucateada, falta de pesquisa e extensão. Esses são alguns dos problemas cotidianos de quem estuda na UnB. A causa deles é uma só: faltam verbas públicas para as universidades.

Na UnB, queremos:

– Paridade já em todos os níveis;
– Cota para negros e estudantes de escola pública;
– Universalização e desburocratização do passe-estudantil. Pela luta em
defesa do passe-livre;
– Ônibus interno gratuito (passando na L2), de dia e de noite;
– iluminação em todo o campus, até a CEU;
– Redução do preço do RU, preço de custo Já! Gratuito para os grupos 1 e 2 e para os moradores da CEU.
-Xerox a preço de custo a partir da copiadora do DCE;

Lutaremos por mais verbas para garantir:

– Concurso para professores e servidores do quadro;
– O fim das disciplinas fechadas, aumentando a oferta de vagas e disciplinas nos departamentos de acordo com a demanda;
– Mais bolsas de pesquisa e permanência, com maior valor;
– Revitalização do HUB, do C.O., e de toda a infra-estrutura da
universidade;
– Atualização do acervo da biblioteca;
– Abertura de novos cursos noturnos e revitalização dos já existentes;

Não vote naqueles que querem transformar o DCE em escritório do governo.

Nessas eleições, concorrerão 4 chapas. Duas delas, a chapa 2 – AME e a chapa 4 – Caminhada, são rachas da última gestão, ligada ao PT, governista e falida que, dentre outros absurdos, nunca prestou contas da movimentação financeira da entidade. Entraram no processo de campanha disputando a paternidade da política da última diretoria, que passou um ano mentindo aos estudantes, dizendo que a reforma não existia ou que seria boa. A ironia disso tudo é que agora estão falando contra a reforma para tentar ganhar alguns votos nas eleições. Com tanta afinidade, por que não lançaram uma chapa única?

A chapa 3, É hora de mudar, é tão ou mais governista que a última gestão. Ela é ligada à UNE, dirigida pelo PCdoB, um dos partidos mais fortes do governo, com dois ministérios. Não só não lutam contra a privatização da universidade, como são co-autores da Reforma.
Quem recebe dinheiro do governo não pode lutar contra a reforma implementada por ele.
O voto na CHAPA 1 é o voto na luta pela universidade pública, gratuita e de qualidade.

INTEGRANTES DA CHAPA 1 – PRA NÃO DEIXAR VIRAR PRIVADA – OPOSIÇÃO

Coordenação Geral: Solano Teodoro – Letras, Carlos Henrique (KK) – Ciência
Política, Pedro Góes – Farmácia.

Coordenação de Finanças e Patrimônio: Marcus André – Economia, Mauro Faria –
Ciência Política, Thiago Urquiza – Farmácia, Neivion Sergio –
Biblioteconomia.

Coordenação de Organização : Blenda Santos – Serviço Social, Paulo Góes –
Agronomia, Guilherme Aranha – Geografia.

Coordenação de Comunicação : Mariana Bandeira – Geografia, Sinara Bertholdo
– Letras, Thaise Oliveira – Comunicação Social, Luciana Galdino – Educação
Artística, Juliana Maysa– Artes Cênicas.

Coordenação de Integração Estudantil: Mateus Gomes– Filosofia, Leonardo
Jordão – Engenharia Elétrica, Celina Mara– Serviço Social, Marco Castilho –
História.

Coordenação de Assistência Estudantil: Aline Pereira– Pedagogia, Cíntia
Pinho– Pedagogia, Nathalia Eliza– Serviço Social. Yamira Rodrigues –
Agronomia.

Coordenação de Ensino, Pesquisa e Extensão: Leonard Weberg– Letras, Alberto
Valle – Filosofia, Tatiane Ferreira – Filosofia, Juliano Queiroz –
Biblioteconomia, Luana Andrade – Ciências Sociais, Natalia dos Anjos –
Letras.

Coordenação de Cultura, Esportes e Eventos: Cristina Nishimori – Letras,
Eduardo Alves– Pedagogia, Fernando de Assis – Pedagogia, Milla de Paula –
Letras, Carlos Esaú – Música, Jonas Correia– Música (Mestrado), Sostenes
Goulart – Ciências Sociais.

Coordenação de Formação Política e Movimentos Sociais: Rafael Carlucci –
Artes Plásticas, Paula Frascinett – Pedagogia.