Boletim da Secretaria de Mulheres do PSTU para os atos do 8 de Março de 20088 de Março – Dia Internacional de Luta da Mulher
Na II Conferência Internacional de Mulheres, em 1910, na Dinamarca, a revolucionária alemã Clara Zetkin propôs que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher para lembrar a luta das trabalhadoras do mundo por melhores condições de vida e trabalho.

8 de março de 1911: mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí, a data começou a ser comemorada no mundo inteiro.

8 de março de 2008: Estaremos novamente nas ruas, nas portas das fábricas, nas escolas, nos hospitais, nos bancos, canteiros de obras, nas minas, no campo, em todos os espaços onde estão as mulheres trabalhadoras e pobres do país, para discutir nossa situação de baixos salários, falta de creches, falta de casa pra morar, denunciando a violência que sofremos em casa e nos locais de trabalho com o assédio sexual e moral, assim como chamando os homens trabalhadores para juntos lutarmos contra a exploração e o machismo.

Diferente do que as mulheres trabalhadoras esperavam quando elegeram Lula presidente, este Governo é responsável por se aliar aos patrões, aos banqueiros, contra os interesses das trabalhadoras e trabalhadores. Sancionou a “Lei Maria da Penha” para punir os agressores de mulheres num dia, e no outro retirou 42% das verbas para combater a violência à mulher; se posiciona contra o aborto, aplica reformas como a da Previdência e ameaça com a Reforma Trabalhista que pode acabar com a licença maternidade.

As mulheres têm de manter suas bandeiras de luta pela garantia dos direitos, contra as reformas que estão sendo propostas, pela exigência do fim à violência contra as mulheres e pela legalização do aborto.

O PSTU chama mulheres e homens trabalhadores, a juventude, as organizações de mulheres, os sindicatos e demais entidades do movimento a se somarem com a Conlutas nesta luta.

A LUTA DAS MULHERES PRECISA SER CLASSISTA
Neste 8 de Março, as mulheres do PSTU não seguirão ao lado de organizações que se negam a lutar contra o governo, tornando-se inconseqüentes na luta contra a exploração e a opressão das mulheres e favorecendo a manutenção de um estado de miséria.

Não é possível concordar com o caráter que vem assumindo o movimento feminista, em particular a organização do 8 de Março, com reivindicações que não atendem as necessidades das mulheres. O que deveria ser a luta por creches, melhores salários, emprego, contra o machismo, viram “autonomia popular, soberania alimentar” que não enfrentam os problemas, não denunciam as políticas do governo e nem mesmo exigem aplicação das leis que já existem. É por isso que iremos fazer um ato separado da Marcha Mundial de Mulheres em São Paulo.

A construção de um ato independente, com todas as entidades e organizações e grupos feministas, é a garantia de seguir lutando por uma sociedade socialista, única forma de se lutar conseqüentemente pela libertação das mulheres.

Por isso é de grande importância que as companheiras do PSOL se incorporem nessa luta, com base num programa, classista, feminista, de oposição ao governo Lula.

MULHER TRABALHADORA, TEM LUGAR NO PSTU
O PSTU é um partido operário. Nele não tem ninguém rico, somos todas e todos trabalhadores e estudantes.

Operárias/os das fábricas, professoras/es, bancárias/os, funcionárias/os de hospitais, creches. Por isso, você mulher batalhadora, que acorda as cinco da manhã pra deixar tudo pronto em casa e segue para o trabalho, enfrentando horas dentro de ônibus ou trens lotados e só volta pra casa tarde da noite e ainda tem que cuidar da lição dos filhos, da roupa da família, da comida, e que muitas vezes sofre violência física e psicológica do marido. Que não tem direito ao descanso, a brincar com as crianças, tempo pra passear, que ganha salários baixos. Você mulher, negra, lésbica ou jovem, que sofre com o preconceito, o machismo: venha nos conhecer, porque sua situação tem culpado “o sistema capitalista e governos como o de Lula, que apesar de ter sido um de nós, hoje no poder virou as costas para os trabalhadores e aplica os planos dos ricos”, mas também tem solução: se organizar e lutar por uma sociedade sem ricos e pobres, sem miséria, sem preconceitos, sem machismo, sem violência. Uma sociedade socialista!

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