A Fenajufe – Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União, manifesta consternação e repúdio aos fatos ocorridos nesta quarta-feira, 28 de janeiro, que provocaram a perda dos trabalhadores Eratóstenes Gonçalves, João Batista Lages, Nelson José da Silva e Ailton Oliveira, assassinados durante uma ação em uma fazenda no município de Unaí, Noroeste do Estado de Minas Gerais. Manifestamos a nossa indignação com as circunstâncias do ocorrido, que infelizmente vem fazendo parte de nosso cotidiano, uma vez que as condições que são disponibilizadas aos trabalhadores, neste caso do serviço público, estão cada vez mais precárias.

O assassinato bárbaro dos fiscais do trabalho de Minas Gerais é a prova clara desta falta de condições mínimas que deveriam ser garantidas ao trabalhador para que, no exercício de sua função, pudesse defender a sua própria vida. Mostra, sobretudo, o poder cada vez maior dos grandes empresários e latifundiários, que por meio da força, calam a voz daqueles que atuam em favor da justiça.

Muitos responsáveis chorarão a morte deste exemplares colegas, servidores públicos. Por certo, marqueteiros irão recomendar o melhor ângulo para apanhar as lágrimas escorrendo na face. Mas por certo, a maioria de nós saberá serem estas lágrimas da mesma espécie dos que a nós se referem como marajás e privilegiados e, ao darem prosseguimento a estes ataques, optaram pela aliança com os especuladores, desmatadores, escravagistas e contrabandistas que querem desmantelar o setor público.

Nós, servidores, não podemos calar diante deste ataque a nós e ao incansável trabalho em favor da justiça em nosso país. Por isso, nos colocamos à disposição das entidades, em especial as que representam os trabalhadores assassinados, na luta desta hora, para combater toda injustiça e impunidade que são causas e conseqüências de tanta crueldade.

Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU
FENAJUFE