Capa do livro

Os eventos e as lutas descritas neste livro desenharam, em grande medida, o mundo em que vivemos hoje. Por pelo menos quatro vezes no século 20, o destino da humanidade se decidiu na Alemanha. Em 1918-1919, o reino dos Hohenzollern foi sacudido por uma revolução socialista que poderia ter rompido o isolamento da Rússia soviética e imposto uma ditadura proletária em um dos países mais avançados da Europa ocidental.

Derrotada em sua primeira tentativa, a classe operária se levantou novamente em 1923, e a vitória esteve perto, sendo afastada apenas pela política vacilante da direção do proletariado. Em 1932-1933, os eventos não foram menos dramáticos: a divisão e a paralisia do movimento operário, no contexto de uma gigantesca crise econômica e social, acabaram abrindo o caminho para o nazismo e a Segunda Guerra Mundial. Por fim, em 1989 as atenções do mundo se voltaram novamente para a margem oriental do Reno, onde as massas alemãs, desafiando a todo-poderosa burocracia da RDA, derrubaram o muro que durante quarenta anos dividiu a Alemanha em duas.

Mas ao contrário do que pode parecer, em nenhum desses casos o desfecho estava assegurado de antemão. Embora o marxismo afirme que o homem não faz a história como quer, mas sim segundo as condições que encontra, ao mesmo tempo não nega em nenhum momento a subjetividade, a vontade e a inteligência como fatores muitas vezes decisivos na história. O ponto de vista que considera o homem um mero joguete nas mãos de forças econômicas e sociais supra-humanas, que perseguem seus próprios fins, não tem nada em comum com o marxismo. A concepção de sociedade que despreza a inteligência é, ela própria, carente de inteligência. As ideias, quando absorvidas pelas massas em movimento, se transformam em força material e, portanto, podem mudar os rumos da história. Assim Marx e Engels formularam o pilar de sua concepção materialista da história em A ideologia alemã.

Desde esse ponto de vista, os eventos que tiveram lugar na Alemanha a partir do final dos anos 1920 ganham nova perspectiva. O nazismo venceu no início dos anos 1930, em parte porque durante os dez anos anteriores realizou um intenso e escrupuloso trabalho de agitação e propaganda sobre as massas pequeno-burguesas e “desclassadas” de uma Alemanha dilacerada e humilhada pelo tratado de Versalhes. Em parte, porque faltou inteligência e iniciativa revolucionária aos chefes do proletariado. É preciso lembrar que o nazismo não era a única força política na Alemanha daqueles anos e nem sequer a maior. Ao lado do NSDAP, o partido de Hitler, havia duas outras poderosas forças: o SPD e o KPD, que, juntas, abarcavam a imensa maioria da classe operária alemã. Esta, por sua vez, mesmo após as duras derrotas de 1919 e 1923, continuava sendo a principal força social e política do país. Uma política justa por parte da direção do proletariado poderia ter barrado o caminho de Hitler ao poder e transformado a crise terminal de república de Weimar em uma terceira revolução alemã, ou ao menos impedido a ascensão do nazismo.

Poderia não quer dizer que certamente seria. Mas é preciso saber que esteve colocada essa possibilidade. A vitória do nazismo nunca foi inevitável. Ela ocorreu por uma complexa combinação de fatores, em que um dos mais importantes foi a política adotada pelo KPD stalinizado, que considerava a social-democracia como a principal inimiga da classe trabalhadora e por isso se recusava terminantemente a realizar com ela qualquer frente única para barrar a ascensão de Hitler. Não seria um exagero dizer que a história não conhece até hoje maior exemplo de estupidez e cegueira política. O preço deste erro foi pago com o esmagamento do movimento operário alemão e com a Segunda Guerra Mundial.

Origem e ascenso do nazismo
O Partido Operário Nacional-Socialista da AlemanhaPartido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores aparece em primeiro plano na cena política no final de 1923, por ocasião do assim chamado “Putsch da Cervejaria”, ou “Putsch de Munique”, quando Hitler e seus seguidores tentam um golpe contra o governo da Baviera. O levante fracassa rotundamente e o jovem Partido Nazista sofre uma dura repressão. Depois de passar cerca de um ano na prisão, onde escreve sua obra programática, Mein Kampf (minha luta), Hitler começa um amplo e profundo operativo para recrutamento de novos membros, ao mesmo tempo em que busca formas de financiamento de suas atividades políticas e paramilitares. Os membros do Partido Nazista vêm das pequenas cidades e são, em geral, pequeno-burgueses falidos e elementos “desclassados” da sociedade alemã, que se encontra mergulhada no caos do desemprego e da hiperinflação. No final dos anos 1920 o partido começa uma meteórica ascensão política, que também se expressa em resultados eleitorais. Os nazistas passam de cerca de 800 mil votos obtidos nas eleições de 1928 para o Reichstag, quando elegem 13 deputados, para mais de 6,4 milhões de votos, ocupando nada menos que 105 cadeiras no parlamento. Já em 1932 saltam para a impressionante marca dos 13,7 milhões de votos no segundo turno das eleições presidenciais. Por outro lado, em novembro do mesmo ano, nas eleições parlamentares, sua votação sofre uma queda sensível, descendo para 11 milhões de votos, o que em termos de bancada no Reichstag significa a redução de 230 para 196 deputados. Os resultados obtidos nas eleições de novembro de 1932 indicam uma queda na influência dos nazistas e revelam os limites de suas possibilidades eleitorais, ou, mais precisamente, a impossibilidade de o nazismo chegar ao poder pela via eleitoral, uma vez que a maior parte do proletariado, que constitui a maioria da população, continua votando no SPD e no KPD, seus partidos tradicionais.

A derrota eleitoral de Hitler dá certo ânimo à classe operária, que começa a resistir ao nazismo de maneira espontânea, praticamente sem a direção de seus líderes. Em setembro de 1932 ocorre em Berlim uma greve do transporte, que paralisa completamente a cidade. Esse início de ascenso do movimento operário, aliado ao enfraquecimento eleitoral dos nazistas, se torna a principal preocupação da alta burguesia alemã, que, temendo uma nova onda revolucionária, adere em peso à ideia de um governo Hitler. O KPD e o SPD permanecem passivos. Em 30 de janeiro de 1933, frente ao agravamento da crise nacional, o presidente Paul von Hindenburg nomeia Hitler chanceler, em substituição a Kurt von Schleicher. Em 27 de fevereiro de 1933 o prédio do Reichstag é incendiado. O fato é utilizado por Hitler para iniciar uma poderosa repressão contra os comunistas e outras forças do espectro político alemão. Através de uma coalizão com outras organizações de direita e com o apoio parlamentar do centro católico, Hitler aprova o assim chamado Ato de Habilitação ao Poder, que lhe permite governar com poderes ditatoriais e eliminar vários direitos civis, antes garantidos pela Constituição de Weimar. Um após o outro, os partidos políticos são abolidos e todos os líderes, presos ou assassinados. A noite nazista, que duraria doze longos anos, finalmente desce sobre a Alemanha.

A política do stalinismo
A fase de crescimento vertiginoso da influência do nazismo coincide no tempo com o que o stalinismo convencionou chamar de “terceiro período”. O termo foi cunhado em 1928 e corresponderia ao período de agonia final do capitalismo, etapa na qual o capitalismo seria fatalmente destruído pela revolução proletária. A conclusão lógica dessa avaliação foi que as massas se encontravam em um gigantesco ascenso, e que, portanto, toda e qualquer frente com outras forças e movimentos deveria ser descartada. Os partidos comunistas deveriam marchar sozinhos, rumo à tomada do poder. Qualquer frente ou acordo seria uma traição e significaria a entrega da revolução. Sendo assim, a luta contra os inimigos internos ao movimento operário deveria ser intensificada e até elevada ao primeiro plano. Desta forma, toda a política dos partidos comunistas deveria ser direcionada contra o principal concorrente dentro do movimento operário: a social-democracia e os partidos socialistas. Vale a pena lembrar que esta política já havia sido condenada pelo III Congresso da Internacional Comunista, realizado em 1921, e no qual se definiu pela atuação em conjunto, sob certas condições, com os partidos da social-democracia internacional.

Desde a sua elaboração, a política ultraesquerdista do “terceiro período” foi aplicada a fundo na Alemanha. Isso significou a recusa a qualquer unidade de ação entre o SPD e o KPD para enfrentar física e politicamente o nazismo. Em todas as situações e em qualquer lugar, a social-democracia era considerada o inimigo principal. O reformismo foi igualado ao nazismo; surgiram e se propagaram expressões estúpidas e rasteiras como “social-fascismo”, “ala moderada do fascismo” e outras. Os dirigentes do partido alemão memorizavam e recitavam como papagaios a citação de Stalin de 1924, na qual ele dizia:

“O fascismo é uma organização de combate da burguesia que se assenta no apoio ativo da social-democracia. A social-democracia é, objetivamente, a ala moderada do fascismo (…). Essas duas organizações não se excluem mutuamente. Ao contrário, se complementam. Elas não são antípodas, são gêmeas.”

Como desenvolvimento lógico dessa lamentável teoria, se afirmava que a vitória sobre o fascismo (que se reconhecia como inimigo) não seria possível sem que antes se derrotasse a social-democracia. A social-democracia era, segundo a teoria de Stalin, o pior inimigo, pois estava infiltrada nas fileiras do movimento operário, enquanto o fascismo era um elemento externo, e por isso menos perigoso.

À medida que o ascenso do nazismo se torna evidente e preocupante, a IC muda sua tática, e o KPD inicia um chamado à base da social-democracia para que os operários socialistas rompam com a direção do SPD e conformem, sob a direção do KPD, uma “frente única pela base”, também chamada de “frente única vermelha”. Fora a caracterização da social-democracia como “traidora” e “ala moderada do fascismo”, os stalinistas não informam o motivo pelo qual os operários, que haviam confiado na social-democracia por toda sua vida política, deveriam romper com ela justo agora e se submeter à direção do Partido Comunista. Para piorar, as condições levantadas pela direção da IC para que se realize uma frente única entre as duas organizações são absolutamente inaceitáveis para os socialistas. A iniciativa fracassa.

Mas as atrocidades stalinistas não param por aí e logo o viés direitista dessa política ultraesquerdista se fará notar: Em março de 1931, nazistas e comunistas se aliam em um plebiscito sobre a dissolução antecipada do Landtag da Prússia, uma posição chave controlada pela social-democracia. Os nazistas batizam o plebiscito de “plebiscito marrom”, e os comunistas, de “plebiscito vermelho”. Os 25 milhões de votos necessários para a dissolução do Landtag não são atingidos, mas a campanha fortalece enormemente o Partido Nazista, que sai do processo com grande autoridade. Ao mesmo tempo, a direção da IC conclui que o vencedor do plebiscito foi o KPD. O cenário político torna-se cada dia mais bizarro, um verdadeiro “baile de máscaras”, na expressão de Trotsky.

Em setembro de 1931, Rudolf Breitscheid, dirigente social-democrata, declara publicamente que se os nazistas continuarem a se fortalecer, será necessário conformar uma frente única de luta entre comunistas e social-democratas para combater o inimigo comum. Em resposta, Ernst Thälmann, dirigente máximo do KPD, denuncia a declaração de Breitscheid como uma “manobra do social-fascismo” e uma “ameaça” contra o KPD (sic!).

Tal é, em grandes traços, a política geral do KPD desde o final dos anos 1920 até a própria chegada dos nazistas ao poder. Evidentemente, tal política impede qualquer unidade de ação, mínima que seja, para combater a ameaça nazista. O resultado é que o nazismo se fortalece em um cenário que não lhe oferece qualquer tipo de resistência, nem política, nem física. A linha ultraesquerdista de Stalin abre caminho para uma das maiores derrotas sofridas pelo proletariado no século 20.

No entanto, seria ingênuo pensar que Stalin não via o perigo eminente de chegada dos nazistas ao poder. O problema é que Stalin utilizava outros parâmetros para formular sua política. Segundo o historiador inglês E. H. Carr, Stalin contava com o fato de que os nazistas, ao chegarem ao poder, manteriam uma política de aliança com a URSS contra Versalhes e as potências ocidentais, ao passo que os social-democratas tendiam a uma aproximação maior com França e Inglaterra, o que só poderia se dar à custa da relação com a URSS. Ou seja, a traição era maior do que se imaginava: Stalin sacrificou conscientemente o proletariado alemão, entregando-o ao nazismo, em nome de uma política externa de estabilidade militar e vantagens comerciais. A esse ponto chegava o cinismo do formulador da teoria do socialismo em um só país.

Mas a “clarividência” da burocracia stalinista ia mais além: a direção do KPD e da IC acreditava que os nazistas, uma vez no poder, se desgastariam tão rapidamente, que isso abriria, quase que imediatamente, a possibilidade de um governo do KPD. Coerente com essa “previsão”, em 1931 Thälmanna direção do KPD lança mais uma fórmula. Desta vez, a última: “Depois de Hitler, será nossa vez!” Foi o último erro daquela direção.Erraram.

Um mês depois da nomeação de Hitler como chanceler da Alemanha, o KPD já estava na ilegalidade, suas sedes estavam destruídas e seus líderes já estavam na prisão. O Partido Nazista, por sua vez, em novas eleições, havia conquistado a maioria definitiva no Reichstag, com mais de 17 milhões de votos. A vitória nazista estava consolidada. Enquanto os nazistas comemoravam nas ruas e continuavam as repressões, a direção do KPD (a parte que não foi presa) relatava ao Comitê Executivo da IC:

“Desde 1924, o chefe do proletariado mundial, o camarada Stalin, deu uma avaliação ímpar de exatidão e perspicácia sobre a evolução da social-democracia em direção ao fascismo.” Depois de citar a fórmula de Stalin sobre a social-democracia e o fascismo como “irmãos gêmeos”, Friz Heckert, responsável pelo relatório, concluía: “Tudo o que aconteceu na Alemanha confirmou particularmente a justeza do diagnóstico do camarada Stalin: Hitler não rejeita o apoio da social-democracia.”

Evidentemente, a culpa pela tragédia foi colocada na social-democracia, que, segundo a visão da direção do KPD, preferiu o apoio aos nazistas à frente única sob a direção dos comunistas. Outra parte da culpa recaiu sobre as costas daqueles que menos podiam se defender naquele momento: as massas alemãs, que não haviam “amadurecido” o suficiente para uma insurreição proletária vitoriosa.

Desta forma, a cabeça do proletariado mais organizado e com maior tradição de luta da história foi entregue ao nazismo em uma bandeja, sem batalha, pela direção da IC e sob as ordens de Stalin.

A luta de Trotsky
O livro que o leitor tem em mãos é o retrato da dura batalha travada por Trotsky contra a política sectária e ultraesquerdista da burocracia stalinista na Alemanha. No primeiro artigo desta coletânea, intitulado “A chave da situação internacional está na Alemanha”, Trotsky, sem em nenhum momento minimizar as contradições da social-democracia, expõe o eixo fundamental de sua política:

“O fascismo cairia verdadeiramente em pedaços se o KPD fosse capaz de unir a classe operária, transformando-a em poderoso pólo de atração de todas as massas oprimidas da população. Mas a política do KPD, desde as eleições de setembro, só tem feito agravar a sua inconsistência: frases declamatórias sobre o ‘social-fascismo’, namoro com o chauvinismo, imitação do fascismo autêntico com o objetivo de fazer-lhe concorrência no mesmo mercado e essa aventura criminosa do ‘plebiscito vermelho’. Tudo isso impede que o KPD se torne o guia do proletariado e do povo.”

Ao longo deste livro, em base a uma minuciosa análise da situação internacional e alemã, Trotsky explica qual é a política que deve ser implementada com vistas a fechar o caminho do poder ao nazismo e mudar a correlação de forças no país em favor do proletariado. Para Trotsky, a unidade entre todas as forças do proletariado é a chave da vitória sobre Hitler. Essa unidade tem por objetivo, em primeiro lugar, a defesa física das organizações da classe operária e o combate político-ideológico no seio das classes médias e setores “desclassados”. Para Trotsky, a única possibilidade de vencer o nazismo é o proletariado se apresentar perante toda a nação como uma força sólida, unida e decidida. Somente desta forma será possível convencer a pequena-burguesia falida e os elementos “desclassados” da sociedade de que a única saída viável para a Alemanha não reside nem no nazismo, nem na submissão passiva ao tratado de Versalhes, mas na ditadura revolucionária do proletariado e na cooperação econômica com a URSS:

“A realização de uma colaboração internacional efetiva [com a URSS], segundo um plano, só é possível com o monopólio do comércio exterior na Alemanha, com a nacionalização dos meios de produção, em outras palavras, com a ditadura do proletariado. Por este caminho, poderiam entrar na luta pelo poder novos milhões de operários sem partido, social-democratas e católicos.”

Todos os esforços empregados por Trotsky não foram suficientes para reverter o curso sectário e ultraesquerdista do KPD. Como vimos acima, a política de Stalin estava determinada por elementos externos ao próprio problema do fascismo. A questão não estava nos melhores argumentos, mas nos interesses materiais da burocracia, na própria luta de classes. A rendição sem luta do KPD foi a prova final de que a III Internacional havia se degenerado irremediavelmente e que a tarefa colocada na ordem do dia era a construção de uma nova Internacional. No início de 1933, refletindo sobre a vitória de Hitler, Trotsky escreve no Boletim da Oposição de Esquerda:

“O stalinismo alemão está a ponto de desmoronar, não tanto pelos golpes dos fascistas, mas como consequência de sua própria decomposição interna. Da mesma forma que um médico não abandona o doente enquanto ele ainda tenha um sopro de vida, nosso dever era tentar reformá-lo enquanto existia uma mínima esperança. Mas seria criminoso permanecer atado a um cadáver. E o KPD é somente um cadáver.”

A chegada dos nazistas ao poder mudou a caracterização de Trotsky sobre a burocracia soviética, até então qualificada por ele como centrista, e abriu uma nova fase na luta da Oposição de Esquerda Internacional. A partir desse momento, a construção da IV Internacional será a batalha central travada por Trotsky até o fim de sua vida.

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Revolução e contrarrevolução na Alemanha não desvenda apenas o problema da chegada do nazismo ao poder na Alemanha e os erros então cometidos pelo KPD. Em uma época em que organizações autointituladas “revolucionárias” (mas que não passam de seitas autoproclamatórias) se recusam terminantemente a implementar qualquer política de frente única com partidos e forças centristas ou burocráticas, em que o isolamento e a “pureza” supostamente revolucionária são apresentados como méritos de organizações que não enxergam um palmo diante de seus próprios narizes, os ensinamentos contidos neste livro, o espírito unitário e ao mesmo tempo principista das propostas do velho revolucionário russo têm um valor absolutamente inestimável. Nesse sentido, a leitura e o estudo desta obra constituem uma verdadeira escola militante e uma obrigação para todo aquele que não se contenta com a esterilidade ultraesquerdista e sectária, mas deseja fazer política revolucionária de verdade. O que o leitor tem em mãos não é apenas um dos maiores clássicos do pensamento marxista. É também uma arma e um patrimônio nas mãos das novas gerações.

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A presente edição tomou como base a tradução de Mario Pedrosa, de 1933, publicada no Brasil em 1979 pela editora Ciências Humanas. A apresentação de Mario Pedrosa foi parte da mesma edição. A maioria dos artigos foi cotejada com os originais em russo para a precisão de termos e conceitos. Apenas em alguns casos, na ausência dos originais em russo, a revisão foi feita em base às traduções inglesa e espanhola.

Os editores

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