Redação

As prisões dos ex-governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) e Antony Garotinho, foram comemoradas pelos trabalhadores e servidores públicos que, em greve, impediram até o momento a aprovação do pacote do governador Pezão que seria votado na Alerj.

Não é para menos. O governo do Rio, como Temer, quer jogar a crise nas costas dos trabalhadores. Esses anos, Pezão, Cabral e cia., deram isenções fiscais bilionárias a empresários, priorizaram o pagamento da dívida aos banqueiros, apostaram em megaeventos e obras superfaturadas e arrasaram na corrupção. Enquanto jorrava a grana do petróleo e o crescimento econômico, todos os de cima foram coniventes com Cabral e cia. A crise e a queda do preço do petróleo já não garantia o dinheiro a rodo para todos eles. Resultado: Pezão, Picciani (presidente da Alerj) e cia. resolveram fazer um “ajuste” nos trabalhadores.

Cabral é um indefensável. A tal ponto que ninguém quer assumir ter sido seu aliado. Mas ele foi aliado de Dilma em 2010, foi aliado de Aécio Neves (PSDB) em 2014 e é do partido do Michel Temer.  Foi aliado até de Garotinho (PR) em 2006.

A força da luta da classe trabalhadora e dos servidores do Rio nesta semana acuou o governo do estado, impôs um recuo à Alerj e botou medo no Governo Federal e no Congresso. Eles temem que os trabalhadores nacionalmente sigam o exemplo do Rio de Janeiro. Semana que vem tem mais mobilização no Rio e no Brasil o dia 25 vem aí com força. Vai ser o maior dia unificado de paralisações e manifestações em todo o país.

Fora todos eles
A classe trabalhadora deve exigir a prisão de todos os corruptos e corruptores. E não deve depositar nenhuma confiança que a Lava Jato vai garantir realmente o julgamento de todos, inclusive do PSDB, de Alckmin, Serra e Aécio Neves.

Devemos, isso sim, confiar na força e mobilização independente dos de baixo para impedir que os governadores e Temer joguem a crise sobre as costas dos trabalhadores e para defender que sejam os ricos a pagarem o preço da crise.

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