Cerca de 100 pessoas estiveram presentes no ato de lançamento da pré-candidatura de Zé Maria em Recife (PE). Apesar do forte calor que fazia na capital pernambucana, o ato foi muito empolgante. Na atividade, falaram Thiago, representante da juventude; Hallison, representante dos Correios; Helio Cabral, professor universitário, e Jair Pedro, que falou em nome da direção do PSTU-PE.

Além disso, saudando a candidatura de Zé Maria, usou da palavra o companheiro Jesualdo, membro da direção do PSOL de Pernambuco, representando um agrupamento independente do partido que é contra a aliança do PSOL com Marina Silva (PV). Na sua intervenção, Jesualdo chegou a comparar a situação atual de seu partido com o processo de adaptação do PT ao regime e alianças do partido com a burguesia. “O PT levou anos para se adaptar. O PSOL em poucos anos está seguindo para o mesmo caminho”, disse.

O Ato terminou com a fala de Zé Maria, chamando todos aqueles que se reivindicam socialistas a abraçar nossa proposta de frente classista, contra a qualquer aliança como o PV ou setores burgueses. Zé Maria lembrou ainda sobre a importância de se ter uma candidatura como com um programa que aponte para a estratégia socialista.

Foi realizado também um minuto de silêncio em homenagem ao ex-companheiro do nosso partido, Luiz Torres, metroviário e advogado dos trabalhadores que faleceu no dia 26 de novembro. Luiz já doente havia comparecido a comemoração dos 15 anos do partido em julho deste ano. Ao final, todos cantaram a internacional.

Repercussão
A presença de Zé Maria teve forte repercussão na imprensa local. No jornal Folha de Pernambuco, o pré-candidato explicou as razões de se formar uma frente classista para as eleições e lembrou que Marina Silva disse em entrevista ao El País (jornal espanhol) que manterá a mesma base econômica desde 1995, “ou seja, o mesmo projeto neoliberal de Fernando Henrique Cardoso e Lula”, segundo Zé.

Já no jornal Diário de Pernambuco, Zé Maria mostrou as diferenças entre a política adotada pelos dirigentes do PSOL que defendem Marina, com a política do PSTU. “Aparentemente, o que prima na opinião dos dirigentes do PSOL neste momento é a busca pelo voto dos seus parlamentares a qualquer custo, incluindo abrir mão do programa. Esse gesto nós não faremos. Acho importante a disputa, queremos disputar o voto dos trabalhadores, queremos eleger deputados, mas mantendo nossos princípio e programas”, disse.