De todo o mundo sindicatos, partidos políticos e personalidades estão enviando mensagens de protesto contra a prisão de manifestantes. É preciso intensificar a campanha pela libertação dos presos políticos de Caleta OliviaA repressão em Santa Cruz, onde fica a cidade de Caleta Olivia, na Argentina, ficou ainda mais forte. Há alguns dias, 36 manifestantes que participavam da ocupação da fábrica Termap foram desalojados violentamente, presos e torturados. Denunciou-se inclusive a participação de bandos paramilitares ou grupos privados de repressão. A reação da sociedade argentina foi muito forte, com a participação de Madres de la Plaza de Mayo e organismos de direitos humanos. Isso forçou o governo de Santa Cruz a pronunciar-se. Em princípio, a política do governo estadual e nacional havia sido o silêncio. Depois da denúncia de tortura, a primeira resposta foi a negativa completa, seguida da promessa de investigação. Por fim, devido à enorme repercussão, a maioria dos manifestantes foi liberada, mas seis ainda permanecem presos.

Tortura e violação de direitos

Essa segunda onda repressiva foi ainda mais violenta que a primeira. Os seguranças da empresa ocupada molharam durante bastante tempo (às três da manhã de uma noite fria) com água gelada os manifestantes, e depois os prenderam, levando-os à delegacia, atuando como um bando paramilitar dividindo tarefas com a polícia. Isso é totalmente ilegal. Um grupo privado não pode prender ninguém. A polícia deveria tê-los prendido por seqüestro, no entanto, prendeu os manifestantes, mostrando que é uma polícia a serviço das empresas e não do povo.

Depois de presos, os manifestantes sofreram torturas e socos na cabeça. Uma mulher foi deixada nua e ameaçada de estupro. Tudo isso somado à política de imputar denúncias que forcem a prisão preventiva até o julgamento. É uma tentativa de frear a mobilização, porque assim todo manifestante sabe que, se cair preso por qualquer coisa, pode ficar preso durante meses.

Campanha se fortalece

`CartazA única forma de defesa que têm os presos é a mobilização de vários setores sociais dentro e fora da Argentina. Há um expressivo setor da classe trabalhadora argentina e da sociedade que enfrenta essa virada repressiva do governo, que responde aos interesses das multinacionais e do FMI.

Esses setores têm organizados marchas de protesto reunindo diversos sindicatos e organizações políticas.

Continuamente chegam mensagens de protesto de vários países, bem como cartas aos manifestantes. Da Rússia, chegaram mensagens do POI (Partido Operário Internacionalista), do Konsomol e de dois deputados da Duma (Parlamento russo). Os presos também receberam a solidariedade da COB (Central Operária Boliviana), de três deputados do Bloco de Esquerda, de Portugal, do historiador Carlos Taibo e de inúmeras entidades da Espanha, de diversas organizações e personalidades mexicanas, bem como da Inglaterra, França, Bélgica e de praticamente toda a América Latina.

SOLIDARIEDADE

Do Brasil, já enviaram mensagens, além do PSTU, várias entidades, entre elas Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais, professores do Rio de Janeiro, Metalúrgicos de São José dos Campos e outros, além de entidades estudantis. Se você pertence a algum sindicato ou entidade, envie um e-mail para:

• Presidente Néstor Kirchner
[email protected]

• Governador de Santa Cruz, Sérgio E. Acevedo
[email protected]

• Juiz Marcelo M. Bailaque
[email protected]
[email protected]

Envie cópia para:
[email protected]
[email protected]

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