Os democratas são tão imperialistas quanto os republicanos. Recordemos que foi o presidente democrata John Kennedy quem iniciou a intervenção americana no Vietnã, e foi com um outro democrata, Lyndon Johnson, que ela deu um salto. Presidentes democratas impulsionaram inúmeros e sangrentos golpes militares na América Latina e em todo o mundo.

Tal como o ex-presidente Bill Clinton, Kerry foi um defensor das novas ferramentas de saque imperialista na América Latina, como o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) e a Alca. Em relação à política interna, apoiou o Patriot Act (que restringe os direitos civis dos cidadãos norte-americanos com a desculpa do “terrorismo”) e os cortes no orçamento para a educação e a saúde públicas, afetando os setores mais pobres da população.

Antes da invasão do Iraque, Kerry criticou Bush por não haver atuado rápido e, depois, por “não haver enviado forças suficientes para cumprir sua missão”. Nas eleições, apresentou-se como alguém “capaz de resgatar a falida ocupação do Iraque”, cuja proposta é “incrementar o esforço militar e o envio de tropas”.

A maioria da esquerda americana, iludida com Kerry, agora assiste seu candidato chamando Bush à unidade nacional para enfrentar “os inimigos”.

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