A cidade do Rio de Janeiro parou no dia 28 de março, tradicional data de luta, quando foi assassinado o estudante Edson Luís pela ditadura militar.

No final de 2006, se aproveitando do período de férias, a Federação de Empresas de Transporte de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor) encaminhou um processo no Tribunal de Justiça (TJ) alegando que o passe-livre seria inconstitucional. Por 17 votos a 8, o TJ decidiu pela inconstitucionalidade do passe-livre.

A fome insaciável dos mafiosos dos transportes por mais lucro prejudicarão milhares de estudantes, idosos e pessoas com necessidades especiais. Os sucessivos reajustes das tarifas não bastam para os empresários. Eles querem mais! Esses senhores reivindicam que o governo estadual subsidie o passe-livre com verba pública, ao invés de investir esse dinheiro em saúde e educação, por exemplo.

Para responder a esses ataques, 5 mil estudantes secundaristas tomaram as ruas com uma passeata na avenida Rio Branco, que passou em frente ao TJ e terminou na Assembléia Legislativa. Já no final da passeata, a Polícia Militar do governador Sérgio Cabral reprimiu brutalmente os estudantes com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha. Dezenas de estudantes saíram feridos.

Além de defender o passe-livre, os estudantes também reivindicavam mais verbas para a educação, o fim da violência policial e se colocavam contrários à reforma Universitária. Este ato vitorioso foi organizado pela Frente de Luta Pelo Passe Livre, da qual a Conlute faz parte.

Já não é a primeira vez que os empresários tentam arrancar esse direito histórico. Várias tentativas já foram feitas por esses “sanguessugas”, mas sempre esbarraram na mobilização estudantil. Somente a estatização dos meios de transportes poderá garantir a livre circulação da população.

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