Valério Arcary fala aos jovens; ao seu lado direito, a nova militante Trícia
Rodrigo Silva

Atividade contou com a presença de Valério Arcary e a alegria de companheiros de todo o paísNo início da tarde de 5 de julho, durante o Congresso Nacional da Conlutas, o PSTU realizou uma atividade de apresentação do partido para a Juventude. Valério Arcary, historiador e dirigente do partido, fez uma palestra sobre a importância da juventude na construção da revolução socialista. A emoção e a alegria do momento ficaram por conta dos 11 jovens de Salvador, Fortaleza e São Paulo que acabaram de entrar no partido. Muitas saudações e palavras-de-ordem foram cantadas. Muitos jovens atentos, militantes do PSTU ou não, ouviram o depoimento dos novos companheiros.

As falas de abertura foram de Trícia, estudante de Enfermagem de Salvador, e de Débora, da Fonoaudiologia da USP. Elas representaram os novos companheiros e ativistas do movimento estudantil da área de saúde, dos três estados. Sete deles são do Coletivo CAUS, da Uneb, em Salvador. “O que levou a tomar essa decisão foi um conjunto de experiências práticas, pois o nosso movimento começou a precisar de respostas e a pensar em revolução”, afirmou Trícia.

Foram quatro meses de discussão com o partido. A militância lado a lado, porém, vem de mais tempo. O coletivo de estudantes já se reivindicava marxista. Para Lucas, militante de Salvador, “estamos fazendo história, pois os novos companheiros são quadros que entram para o partido com toda a compreensão da nossa estratégia”. Para Débora, essa nova etapa “representa a possibilidade de assumir isso de maneira concreta, resulta em certo conforto, saber que há tantos outros militantes como nós”.

O professor e militante do PSTU saudou os novos companheiros. Ele contou casos da sua juventude em Portugal, abordou as dificuldades da militância num partido revolucionário, mas também as descobertas individuais e coletivas que ela envolve. Arcary convidou todas e todo os presentes a fazer uma experiência no PSTU.

Uma das lições que Valério Arcary extrai das experiências dos marxistas no mundo inteiro também serve para a juventude que quer transformar o mundo e acredita na luta revolucionária contra o poder: a experiência de auto-organização dos trabalhadores e estudantes é fundamental, por meio de entidades e espaços democráticos do movimento, mas é preciso construir também um “um pólo avançado e consciente, um comando estratégico, uma organização que reflita um programa revolucionário”.