Os professores estaduais de Minas Gerais estão em greve desde o dia 8 de junho, em defesa do aumento do salário (o piso do estado é o menor do país, R$ 369,89) e de melhores condições de trabalho.

O governador Antônio Anastasia (PSDB) se nega a atender as reivindicações da categoria e tem tomado uma série de medidas autoritárias e que ferem o direito de greve. Os professores em luta estão tendo cortes nos seus salários e, além disso, o governo está tentando substituir os professores do 3º ano que estão em greve, abrindo novas designações para as vagas.

Em Juiz de Fora, alunos de diversas escolas apoiam esta luta e realizaram, no dia 30 de agosto, uma manifestação em defesa das bandeiras dos professores. Porém, a polícia de Anastasia entrou em confronto com os manifestantes e um policial jogou sua moto em direção a um grupo de estudantes.

O professor André Nogueira, dirigente da sub-sede do Sind-Ute da Zona da Mata e militante do PSTU, interveio para que os alunos não fossem atropelados e foi covardemente repreendido pelos policiais. Estes o agrediram, o derrubaram no chão, o algemaram e o jogaram para dentro de um camburão da PM. O professor chegou a ser levado para a delegacia onde, depois de intervenções de militantes e advogado, fora liberado. A sub-sede do Sind-Ute está tomando as providências para que os responsáveis sejam punidos.

Esta foi só mais uma manifestação de como os governos (nacional, estadual e municipal) tem tratado os trabalhadores como criminosos e suas lutas como crimes. É preciso uma grande mobilização nacional contra a criminalização dos movimentos sociais para que estas ações indignantes possam ser punidas e tenham fim.