`JamesJames Petras foi o primeiro palestrante do painel “Conjuntura nacional e internacional: desafios para a organização dos trabalhadores”, que teve início na tarde desta sexta, 5 de maio.

Petras falou sobre a falência das eleições como forma de mudar a vida dos trabalhadores no mundo e sobre os desafios da reorganização, que passam pelos setores não sindicalizados, desempregados, dos movimentos sociais e culturais.

“Um grande desafio da Conlutas é organizar os milhões não-organizados. Em todo o mundo, os marginalizados estão na vanguarda das lutas. Na Argentina, os piqueteiros; na França e nos EUA, os imigrantes”, apontou Petras.

Ele colocou ainda que esses setores, no Brasil, sofrem grandes ataques do governo Lula. Petras deu o exemplo dos trabalhadores sem-terra, que não viram a reforma agrária nesta gestão petista e os trabalhadores das pequenas empresas e os consumidores em geral. “Temos uma grande oportunidade de defender os consumidores, que pagam impostos, uma grande massa operária das pequenas empresas. O que Lula está fazendo é eliminar toda a proteção dos operários das pequenas empresas. Temos que construir frentes nos bairros populares, nos clubes culturais, entrar nos lugares onde vivem milhares de pobres não organizados”, afirmou.

Petras também explicou o papel do CONAT e da Conlutas nesse desafio, dizendo que “o mais importante deste congresso não são grandes debates de temas ideológicos, mas é formar um plano de lutas, é criar um programa concreto que avance na luta social”.

“A Conlutas pode cumprir uma grande missão de organizar os não-organizados. Para isso, é preciso um plano de lutas para conquistar a classe operária, para depois conquistar o poder”, completou.

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