No dia da libertação, novos protestos ocorreram

O governo israelense finalmente libertou 400 presos palestinos nesta quinta-feira, 2 de junho. A operação faz parte do acordo firmado entre Ariel Sharon e Mahmoud Abbas em fevereiro, no Egito, que previa, entre outros pontos, a libertação de 900 presos.

Sharon já havia cumprido a primeira parte do acordo ainda em fevereiro, quando 500 palestinos foram colocados em liberdade. Mas seguia postergando a libertação do restante, alegando que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) não estava tomando atitudes enérgicas para combater os “terroristas”.

O esforço de Abbas para derrotar a Intifada certamente somou pontos para que o governo de Israel tomasse a decisão de libertar os prisioneiros. Também deve ter contribuído para isso a visita amigável do líder palestino a George W. Bush no último dia 26, em que Abbas afirmou que o presidente norte-americano tem se empenhado na luta pela paz na região.

A libertação dos 400 presos não resolverá os conflitos e parece ser mais um jogo de cena de Sharon para desviar a atenção da opinião pública e desestimular a resistência palestina. Ainda existem cerca de 7 mil palestinos nas prisões de Israel, que, em sua maioria, foram punidos por lutarem pela existência de um Estado próprio e contra o sionismo. Também a violência do exército israelense contra os palestinos não cessou.