O Estado de Israel, em uma demonstração de força e de resposta à vitória eleitoral do Hamas, está recrudescendo suas ações de perseguição aos palestinos. No dia 14, forças israelenses cercaram uma prisão palestina em Jericó, na Cisjordânia, onde está preso Ahmed Saadat, um dos líderes da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). Israel exige que Saadat se entregue para ser transferido a uma prisão de Israel. O Estado judeu o acusa de envolvimento no assassinato do ministro israelense Rehavam Ze`evi, ocorrido em 2001.

Momentos antes da invasão, EUA e Grã-Bretanha retiraram os guardas do local. Desde 2002 a prisão de Jericó é administrada pelos dois países, para garantir a Israel que os presos palestinos não sejam libertados.

O cerco provocou confronto entre palestinos e soldados israelenses. Um míssil foi disparado por um helicóptero israelense e tanques e tratores já derrubaram paredes da instalação da penitenciária. Dois palestinos foram mortos no confronto. Relatos dos próprios militares israelenses dão conta que os invasores deflagraram a ação com um ultimato aos presos: “Rendam-se ou morrerão!”. O ataque provocou indignação entre os palestinos.

A polícia da Autoridade Nacional Palestina tenta conter a revolta, chegando a trocar tiros com insurgentes na Faixa de Gaza. Até mesmo o atual presidente da ANP, o conciliador Mahmoud Abbas, criticou a ação israelense por ter se dado “sem aviso prévio”.