Marcel Wando, de São Paulo

É preciso defender Al-Aqsa e libertar toda a Palestina do rio ao mar

Após o último dia 14, o governo de Israel instalou detectores de metais em Al-Aqsa, uma importante mesquita em Jerusalém. A decisão se deu por conta de confrontos na região da mesquita, quando dois policiais israelenses foram mortos. Como forma de protesto, mulçumanos passaram a boicotar o templo. Outros, passaram a realizar suas orações do lado de fora do templo. A tensão na região aumentou depois que três palestinos foram mortos e mais de 400 ficaram feridos durante a repressão à uma manifestação contra as medidas de vigilância impostas por Israel.

Um dos mais importantes templos
Al-Aqsa é o 3° mais importante templo religioso para os muçulmanos depois de Meca e Medina. Ela fica localizada na cidade de Al-Quds (nome árabe para a cidade de Jerusalém), na região ocupada da Palestina por Israel em 1967. Recentemente grandes mobilizações tomaram as ruas exigindo que a polícia Israelense pare os ataques aos palestinos residentes na região e pare o controle sobre os frequentadores dos templos.

Ela é a maior mesquita da cidade, com capacidade para reunir 5000 pessoas e fica situada no Al-Haram Al-Sharif (Monte do Templo) em frente à mesquita Cúpula da Rocha. Por essa razão, a região é conhecida como Esplanada das Mesquitas.

Esplanada das Mesquitas

Vigilância Israelense
Essa região é totalmente cercada por muros. O Estado de Israel já impedia os palestinos da Cisjordânia, Gaza e Diáspora de freqüentar a Mesquita. Apenas os palestinos dentro do território ocupado em 1948 e parte de Al-Quds podiam freqüentar o local. Na semana passada, esse público ficou restrito a somente os homens com mais de 50 anos após passar por postos de controle Israelense recém instalados com detectores de metal.

Esses postos estavam anteriormente na porta para turistas e foram introduzidas nas três portas para Muçulmanos. No dia 25 de julho, o governo Israelense, sob pressão da mobilização de palestinos e da solidariedade internacional, retirou os detectores de metal mas manteve 400 câmeras de vigilância com capacidade de identificar as pessoas filmadas. Ou seja, manteve a política de controle de acesso ao local, o que é inaceitável para os palestinos.

A política de vigilância é parte da política de limpeza étnica que Israel executa todos os dias. Só nesse ano já foram mortos 49 palestinos, sendo 14 só no mês de julho. Israel também fez perfurações subterrâneas ilegais na área da Esplanada das Mesquitas, com as quais ameaça derrubar os prédios que são considerados patrimônio da humanidade.

Manifestação contra polícia Israelense

Luta palestina
Israel fez recuos parciais e insuficientes para tentar por um fim à mobilização. Os povos árabes rechaçam qualquer controle ao seu direito de freqüentar suas mesquitas. O caminho é o de avançar nas mobilizações pela liberdade dos palestinos. Israel ainda hoje mantém vivo o projeto Sionista de limpeza étnica dos árabes. É preciso libertar a palestina por completo para defender Al-Aqsa.

Hoje (27/07) tivemos a excelente notícia de que Israel anunciou a retirada de todos os bloqueios que há 2 semanas impediam qualquer um de entrar. Centenas de palestinos foram até o local quando souberam da notícia. Porém, 1 hora após a abertura, a polícia Israelense voltou a atacar os palestinos e deixou dezenas de feridos.

Solidariedade internacional
A solidariedade ao povo palestino deve ser irrestrita. Não é um conflito religiosos sem solução, é uma batalha política. Para fortalecer a resistência Árabe contra Israel, estamos convocando um ato que ocorrerá na Paulista, na Praça Oswaldo Cruz, nessa sexta (28/07), às 15h. Todos os que puderem, compareçam à manifestação!

Evento no Facebook: https://goo.gl/WPGDDV