Os aparelhos repressivos israelenses anunciaram nesta quinta-feira, 19 de maio, que irão atacar todo palestino em condições de disparo contra as colônias judaicas na Faixa de Gaza. Os acordos de “cessar-fogo” de Sharm el-Sheik (Egito), que incluíam concessões mínimas como a irrisória libertação de 400 dos sete mil presos políticos palestinos mantidos pelo Estado de Israel, encontram-se cada vez mais distantes da realidade.

A Faixa de Gaza foi palco de ataques aéreos e tiroteios sistemáticos por parte das Forças Armadas sionistas nos últimos dias. Ativistas palestinos e militantes do grupo Hamas, após seguidas mortes perpretadas pelo Exército israelense, no campo de refugiados de Khan Younis e ao longo da faixa de Gaza, atiraram foguetes Qassam – de fabricação caseira – contra colônias judaicas. As ações foram usadas como justificativa ideológica para o recrudescimento da repressão. “Temos que agir de maneira mais agressiva do que temos feito até agora“, afirmou o vice-ministro da Defesa Zeev Boim à rádio pública de Israel.

“Ninguém pode imaginar que faremos a retirada [dos colonos da região] sob fogo“, disse Boim, em referência ao plano de retirada de Israel da Faixa de Gaza previsto para meados de agosto. “Se a Autoridade Nacional Palestina (ANP) não compreende a mensagem, faremos com que compreenda“, advertiu.

Nesta quinta-feira, Sharon teve um encontro com o ministro israelense da Defesa Shaul Mofaz e, de acordo com o jornal israelense Há´aretz, a reunião foi realizada com o objetivo de “avaliar uma nova incursão em Gaza“.