No dia 9 de abril, dezenas de milhares de iraquianos saíram às ruas para exigir o fim da ocupação ianque no país. A data marca o segundo aniversário da tomada de Bagdá pelas tropas norte-americanas. Os manifestantes queimaram a bandeira dos Estados Unidos e bonecos de Bush e seu fiel capacho, o primeiro-ministro Tony Blair. Em Ramadi, milhares de manifestantes também saíram às ruas pela retirada das tropas ianques no país.

Pressa no novo governo
Na noite do dia 11 de abril, um ataque aéreo de soldados americanos matou inúmeros civis na cidade de Al-Qaim. Segundo a agência árabe al-Jazzera, sete crianças iraquianas, seis mulheres e três idosos estavam entre as vítimas fatais do ataque.

O ataque foi um dia antes da visita surpresa do secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, ao país. Rumsfeld foi ao Iraque apressar a consolidação do novo governo títere. Ele foi pessoalmente pressionar o presidente interino Jalal Tallabani e seu primeiro-ministro Ibrahim Jaahari. O objetivo dos EUA é estruturar o novo estado iraquiano o mais rápido possível. Uma das prioridades de Bush no momento é formar um novo exército iraquiano, submetido às vontades de Washington. Desta forma, a pressão interna pela volta dos soldados americanos se amenizaria.

No entanto, ainda não há previsão para a retirada das tropas ianques do país. Rumsfeld, interpelado por um soldado americano sobre o prazo para retirada das tropas, esquivou-se: “não temos que nos preocupar com datas, mas com vitórias”, disse.

Resistência iraquiana
Porém, a resistência iraquiana não esmorece. Nessa quarta-feira, 13, cerca de 12 policiais iraquianos foram mortos por ataques em Kirkut, incluindo dois oficiais. Um ataque militar da resistência também atingiu um comboio de combustível do exército dos EUA em Bagdá.