PSTU-SP

Camilo Martin e Narciso Soares, diretores do Sindicato dos Metroviários de SP

Na madrugada de quarta para quinta-feira (09/07), por volta da meia-noite, teve início um incêndio na estação Brigadeiro da linha 2 – Verde do Metrô. Esse incêndio teria se iniciado nos dutos de ventilação no túnel da estação e aconteceu próximo ao término da operação e, portanto, ainda com a presença de passageiros no sistema.

A situação se tornou ainda mais grave em função da ausência de quadro operativo na estação. No momento do incêndio, havia apenas um funcionário que estava escalado para estar naquela estação e, por sorte, uma dupla de seguranças, o que não é garantido a todas as estações no período da noite. Essa falta de quadro também é realidade nas equipes de manutenção e inspeção de via. Foi necessário que trabalhadores de outras estações, como Trianon e Paraíso, se deslocassem para dar suporte no local do incêndio.

Essa realidade de vulnerabilidade e exposição ao risco é um retrato fiel da situação de desmonte desta empresa e do problema crônico que é a falta de quadro no Metrô estatal de São Paulo. Este cenário, longe de ser obra do acaso, é uma consequência da precarização e “reestruturação” da empresa que pavimentam o caminho para a privatização.

É preciso apoiar os metroviários! Contra o calote e rebaixamento de remunerações feito por Dória e o Metrô

Esta situação acontece no mesmo momento em que os metroviários estão sendo duramente atacados pelo governo Dória e pela alta cúpula do Metrô, liderada por Silvani Alves Pereira, presidente da empresa que acumula dois cargos para receber dois salários, um retrato dos privilégios que gozam a alta chefia da empresa.

Enquanto os metroviários seguem arriscando suas vidas como neste caso, ou como fizeram ao longo de toda a pandemia quando seguiram trabalhando e arriscando também a vida de suas famílias, o governo e a empresa “retribuem” com calote no salário, corte nas remunerações e destruição do plano de saúde.

Isso é inadmissível para qualquer trabalhador e por isso a luta dos metroviários é parte da luta de toda nossa classe. Não é aceitável que os metroviários e nenhum trabalhador que tem sua vida ameaçada por esta pandemia, e mais ainda por esta flexibilização da quarentena que está sendo feita por Dória, seguindo os passos de Bolsonaro, tenha seu salário rebaixado, seu pagamento confiscado e seus direitos retirados ou perca seu emprego, enquanto as grandes empresas seguem aproveitando privilégios de bilhões em isenção fiscal ou, como a grande chefia do Metrô, seguem recebendo supersalários.

Contra os ataques do governo Dória e do Metrô: #TodoApoioAosMetroviários!