As informações veiculadas entre os dias 13 e 16 de fevereiro no Blog Pimenta na Muqueca e no jornal A Região, dois órgãos de imprensa do Sul da Bahia, estão nos marcos de calúnias infames e falaciosas contra militantes do PSTU. Segundo as notícias publicadas, os estudantes da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) que militam no PSTU teriam desistido de um protesto contra o governador Jaques Wagner (PT) e o reitor Joaquim Bastos, previsto para cerimônia de posse do reitor no último dia 13, mediante acordo com o PCdoB em troca de ônibus para participação do congresso do partido.

O mínimo que órgãos de imprensa com seriedade poderiam fazer seria apresentar provas que confirmam estas informações ou escutarem a outra parte envolvida. No entanto, isso não acontecerá, simplesmente porque isso não aconteceu. O objetivo dessas mentiras e calúnias, que são falsificações grosseiras da realidade, é desmoralizar nossa organização e nossos militantes que lutam intransigentemente contra as medidas privatizantes e irresponsáveis do governo Wagner e do reitor Joaquim Bastos, que são defendidas pela atual gestão do DCE Carlos Marighella, o DCE da UESC, dirigido pelo PCdoB e pela Articulação de Esquerda (PT).

O PSTU, hoje, é um setor do Movimento Estudantil (ME) da UESC que vem denunciando sistematicamente os ataques de Lula, Wagner e Joaquim à universidade pública. Não medimos esforços para denunciar a atual direção do ME e o entrave que esta representa para a organização e para as lutas dos estudantes. A traição às mobilizações pela melhoria do transporte e contra o monopólio que atua no setor e o silêncio complacente diante da greve das Universidades Estaduais Baianas em 2007 exemplificam muito bem a quem serve a direção do DCE Carlos Marighella!

Essas calúnias acontecem num contexto em que vem à tona mais um escândalo de corrupção envolvendo o governo Lula, com o uso indiscriminado dos cartões corporativos, cuja utilização serviu aos privilégios e mordomias de Matilde Ribeiro, aos ministros Orlando Silva (PCdoB) e Altemir Gregolin (esquerda petista) e a funcionários diretamente ligados ao gabinete do presidente.

Também toma a cena, mais uma vez, os escândalos da última gestão de Joaquim Bastos. A gestão de Joaquim foi marcada por esquemas de fraude em licitações, mau uso do dinheiro público e execução de obras sem licitação. Também é acusado de esconder resultados de uma sindicância que averiguava estas irregularidades e, segundo informações do portal do governo da Bahia, o reitor utilizou dinheiro público para viagens particulares à França. O cheiro que exala da Torre Platinada – máxima expressão da administração da UESC – é o mesmo que exala do gabinete presidencial e dos ministérios em Brasília.

O PSTU chama a comunidade acadêmica, os sindicatos e os movimentos sociais a exigirem o afastamento imediato do reitor Joaquim até que todas as irregularidades sejam averiguadas e haja a reposição de todo dinheiro público utilizado para fins pessoais. Do mesmo modo, conclamamos a repudiar as práticas adotadas pela imprensa regional.